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Novo sistema antifurto usa reconhecimento facial e biometria nos carros
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Novo sistema antifurto usa reconhecimento facial e biometria nos carros

Sistema de reconhecimento facial da Continental pode cumprir papel de fechadura e até realizar pagamentos em pedágios e estacionamentos

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

01 de mar, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Driver Identification Display protege o carro contra roubo, pois a partida do motor só é dada após autenticação do motorista
Crédito:Continental/Divulgação

Câmeras de reconhecimento facial se tornaram comuns. Elas estão nos smartphones, nas casas e, agora, nos carros. O GWM Haval H6 GT – que o Jornal do Carro acelerou no Autódromo de Interlagos – é o lançamento mais recente a contar com a tecnologia. Mas a Continental lançou um dispositivo ainda mais poderoso. Além de configurar o veículo a partir da leitura do rosto do motorista, o sistema detecta fadiga e incluí outras funções para aumentar a segurança contra furtos, por exemplo.

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Continental/Divulgação

O novo recurso da Continental, aliás, venceu o prêmio de inovação na CES 2023 (em Las Vegas, EUA), na categoria “Tecnologia veicular & Mobilidade avançada”. Chamado de Driver Identification Display – ou Display de Identificação do Motorista, em português), o dispositivo foi feito em parceria com a TrinamiX. Tal como sugere o nome, a tecnologia reconhece o motorista e, somente depois disso, desbloqueia o veículo para uso.

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Assim como nos celulares, o equipamento é integrado a uma tela e usa a identificação visual e biométrica. Com isso, dispensa o contato físico. Ou seja, as chaves e os botões estão com os dias contados. Bastará olhar para a câmera que o carro liga.



Tecnologia vai além

Mas não é só isso. O sistema da Continental também poderá fazer pagamentos em estacionamentos, pedágios e postos de combustível (ou de recarga, no caso de carros elétricos). E quem tiver cansado ao volante também pode ser “denunciado”, porque o dispositivo da sistemista alemã é capaz de monitorar os sinais de fadiga em tempo real.

Em resumo, a Continental chama o sistema de “três em um”. Tem a autenticação do motorista, a realização de pagamentos e o monitoramento da condição física do condutor. De acordo com a empresa, o dispositivo observa falhas e, portanto, minimiza erros. Para verificar a identidade de quem usa, a tecnologia se baseia na pele. Ou seja, nada de usar fotografias. Ou mesmo máscaras tridimensionais para tentar burlar o sistema.


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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.