A Toyota lançou a nova geração do SUV Land Cruiser em 2021. Na época, o modelo chamou atenção por causa de uma inusitada condição de compra. Para levar o utilitário para a garagem, os clientes deveriam assinar um termo em que se comprometem a não vender o veículo pelos doze meses. O motivo? Segundo a Toyota, o SUV grande é cobiçado por terroristas. Mas, isso não desencorajou os fãs da marca. Ao contrário. A montadora confirmou, essa semana, que no Japão há uma insana fila de espera de – pasmem – quatro anos pelo novo Land Cruiser.
De acordo com as informações divulgadas, a fila se deu porque a Toyota esperava uma média de 5 mil encomendas do novo SUV no país asiático. No entanto, ao que parece, foram registrados cerca de 21 mil pedidos em apenas duas semanas. Ou seja, superou, em número e grau, as expectativas da fabricante.
Justificativa aos clientes
Não se sabe ao certo se o atraso na produção do Land Cruiser também tem relação com a crise de semicondutores, que voltou a afetar algumas montadoras ao redor do mundo. No entanto, diante da situação, a marca japonesa publicou um pedido oficial de desculpas, bem como a informação da data prevista de entrega. No site oficial, a Toyota escreveu:
”Obrigado por considerar e encomendar o nosso veículo. Pedimos sinceras desculpas pelo fato de o Land Cruiser ter sido muito bem recebido, não apenas no Japão, mas também em todo o mundo, e espera-se que demore muito tempo para entregá-lo após o recebimento do pedido. O prazo de entrega para encomendas a partir de agora pode ser de cerca de quatro anos. Faremos o possível para encurtar o prazo para nossos clientes e agradecemos sua compreensão.”
Além disso, a montadora também não deu mais detalhes se vai, ou não, fazer uma força tarefa intensiva para acelerar a produção do modelo e cobrir a alta demanda. Aos clientes, portanto, resta esperar os próximos passos.
Relembre o caso
Em agosto de 2021, o site japonês Creative Trends publicou uma nota afirmando que a Toyota elaborou o contrato, que proíbe a venda do Land Cruiser durante um ano, a partir de uma investigação feita pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
De acordo com a perícia, o gabinete que administra o tesouro público do país concluiu que organizações terroristas teriam um forte interesse no utilitário. Dessa forma, a cláusula seria um modo de impedir que o grupo consiga comprar o veículo através da revenda.
O interesse no modelo seria por conta da ampla lista de tecnologia e do desempenho. Para se ter uma ideia, a versão LC300, por exemplo, possui desde alerta de obstáculos em estradas escuras, até um seletor automático de terreno. Embaixo do capô, tem um motor V6 diesel biturbo de 300 cv.
Off-road chama atenção
Além do Land Cruiser, a picape Hilux também está na lista de interesses de organizações terroristas. E o motivo é simples: ambos são carros com capacidade off-road. Ou seja, tem características especiais que facilitam ultrapassar rapidamente diversos tipos de terrenos, com tração nas quatro rodas.
Na época, a fabricante disse que está fazendo de tudo para vender o carro apenas para os clientes que vão utilizar o veículo segundo seu propósito. Segundo a marca japonesa, até mesmo concessionárias que revenderem o modelo podem enfrentar problemas como, por exemplo, multas e processos contra a própria loja e o cliente.
Vale lembrar que o Land Cruiser LC300 não virá para o Brasil. Aqui, o SW4 ocupa o lugar na versão topo de linha, ao preço de R$395.690.