Destinar uma pequena fortuna à compra do carro dos sonhos é apenas a primeira parte do desafio de quem investe em modelos de alto luxo. A manutenção desses modelos também envolve custos elevados, mas há oficinas independentes que se especializaram nesse tipo de veículo e acabaram se transformando em opção mais em conta que as concessionárias.
Em geral, quem recorre a essas empresas são donos de carros que estão fora da garantia. Isso porque as fabricantes costumam cancelar a cobertura de fábrica caso algum serviço seja feito fora das autorizadas.
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Uma dessas especializadas é a Frison (3040-0085), na zona sul, que há 35 anos atende carros de marcas como Land Rover, Porsche, Lamborghini, Ferrari e Aston Martin. “Fazemos todo tipo de serviço, exceto adaptações fora das especificações de fábrica”, diz a diretora da oficina, Lilian Tavares. “O preço das nossas peças é menor que o de autorizadas, pois não temos intermediários.”
Para quem tem Mercedes, a Avanti (5093-8221), também na zona sul, é especializada. Proprietário da oficina, João Bosco começou no ramo revendendo veículos da marca há 30 anos e a demanda dos clientes por reparos fez surgir a empresa, que atende 35 carros por mês. De acordo com ele, a revisão de um Classe C, por exemplo, sai a R$ 800, ante os cerca de R$ 1.200 em autorizadas.
A Bavaria (3812-0203), na zona oeste, atua há 44 anos e atende até 70 BMW por mês. Dono da oficina, Gabriel Brantes diz que a diferença de preços em relação aos das concessionárias varia de 15% a 60%.
Ali, a hora de mão de obra custa R$ 220 e a troca de óleos e filtros de um Série 3 sai a cerca de R$ 1.000. Na autorizada Autostar, os valores são de R$ 295 e R$ 1.163, respectivamente.
Essas oficinas têm fornecedores próprios, que importam as peças de forma independente, sobretudo da Europa e Estados Unidos. Alguns clientes preferem trazer os componentes quando viajam ao exterior, ou garimpar em sites na internet. Nesses casos, além da mão de obra, a Bavaria cobra um adicional de 30% pelo serviço.
Na Avanti, essa solução também é aceita, mas o serviço não tem garantia. Segundo Bosco, a restrição se deve ao fato de que não há como comprovar a procedência das peças.
A Frison, por sua vez, só trabalha com peças próprias.
