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Ola Electric começa a construir maior fábrica de motos elétricas do mundo
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Ola Electric começa a construir maior fábrica de motos elétricas do mundo

Com 200 hectares e 3 mil robôs, megafábrica da Ola Electric na Índia vai produzir uma scooter elétrica a cada dois segundos em 2022

Diogo de Oliveira, Especial para o Estado

15 de mar, 2021 · 6 minutos de leitura.

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Ola Electric Etergo
Ola Eletric começa a construir megafábrica sustentável no país para produzir scooters elétricas
Crédito:Etergo/Divulgação

A indiana Ola Electric, uma empresa de compartilhamento de veículos elétricos, está prestes a se tornar uma das maiores fabricantes de motos do mundo. Após comprar a startup holandesa de scooters elétricas Etergo em maio de 2020, a empresa anunciou o início das obras de sua gigantesca fábrica de motos elétricas e baterias no sul da Índia.

O vídeo abaixo mostra o projeto faraônico da Ola Electric. A fábrica será aberta em junho deste ano. Com mais de 200 hectares, a unidade quer ser a mais sustentável do mundo. Dessa maneira, livre de emissões de carbono e com muitas árvores dentro de suas instalações. E não é só: a Ola Electric planeja produzir um total de 10 milhões de scooters já em 2022.

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Uma moto nova a cada dois segundos

De acordo com o CEO da Ola Electric, Bhavish Aggarwal, a megafábrica será responsável por montar nada menos que 15% das motos do planeta. A “Fase 1”, que começa em junho, prevê a produção de dois milhões de scooters elétricas. Porém, a transição para a “Fase 2” será rápida. A empresa planeja montar uma moto a cada dois segundos no ano que vem.

Para tanto, a Ola Electric terá dez linhas de produção em seu complexo, bem como cerca de 3.000 robôs, que cuidarão de todos os processos que exigem alta precisão, como soldagem e pintura. No entanto, a empresa também contará com recursos humanos, e projeta abrir em torno de 10 mil novos empregos com a fábrica localizada no estado de Tamil Nadu.

Ola Electric Etergo
Etergo/Divulgação

Pista de testes e energia solar

Além da grande área arborizada em suas dependências (feita a partir do replantio das árvores removidas na terraplanagem), a megafábrica da Ola terá uma pista de testes interna e coberta, uma vez que as scooters são elétricas e não emitem gases. Além disso, o telhado será coberto por painéis solares enormes que vão gerar energia para abastecer a unidade.



Etergo Appscooter
Etergo/Divulgação

Scooter com até 240 km de autonomia

A moto elétrica a ser feita pela Ola Electric, portanto, será a Appscooter, da holandesa Etergo. O modelo utiliza uma inovadora bateria em formato de banana. Segundo a fabricante, o modelo pode receber três baterias de 80 km, entregando, assim, até 240 km de autonomia. E fornece boa aceleração, com zero a 45 km/h em 3,9 segundos.


Ola Electric Etergo
Etergo/Divulgação

Um gráfico no site oficial da Etergo indica que a Appscooter oferece um torque interessante de 13,6 mkgf, entregue por inteiro desde o início. Assim, a empresa garante que sua scooter é mais veloz do que qualquer outra moto do gênero a gasolina. Outro detalhe interessante é o grande baú sob o assento, com 50 litros de volume para acomodar objetos.

Ola Electric Etergo
Etergo/Divulgação

A Appscooter também promete surpreender em conectividade. A moto tem uma grande tela colorida de sete polegadas no lugar do quadro de instrumentos. O visor foi feito para que o motorista não use o celular enquanto pilota. A tela, portanto, vai exibir desde mapas de GPS às informações de bordo. E vai permitir acessar aplicativos do celular.

O maior desafio para escoar tamanha produção será o preço. A Appscooter custa $ 3.399 Euros, valor equivalente a R$ 22.500 na conversão direta, sem taxas. Ou seja, não será uma moto barata. Entretanto, a expectativa é de que a produção em larga escala ajude a baratear a scooter elétrica. Assim, o modelo poderá ganhar o mundo. E, quem sabe, o Brasil.


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