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Os SUVs compactos com os motores 1.0 turbo mais potentes do mercado
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Os SUVs compactos com os motores 1.0 turbo mais potentes do mercado

Novo 1.0 turbo da Stellantis estreia no Fiat Pulse como o mais potente; veja os desempenhos e consumos dos SUVs com motores turbo de 1-litro

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

19 de out, 2021 · 10 minutos de leitura.

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turbo
Fiat Pulse estreia nesta terça-feira (19) no Brasil e traz inédito motor 1.0 turbo da Stellantis
Crédito:Fiat/Divulgação

Antigamente, os carros com motor 1.0 tinham desempenho fraco. O destaque era baixo consumo de combustível. Por isso, equipavam modelos populares. Mas a coisa mudou nos últimos anos. O conceito do downsizing se popularizou, e os motores, então, diminuíram de tamanho e adotaram sistemas para ganhar desempenho e eficiência. Entre eles, injeção direta de combustível, comando variável de válvulas e turbocompressor. Pois o que era um conceito, tornou-se padrão no mercado. E o mais novo adepto dessa tendência é o Fiat Pulse 1.0 turbo.

Em números, o novo SUV da Fiat, que estreia hoje (19), extrai até 130 cv do motor 1.0 turbo 200, da Stellantis, bem como 20,4 mkgf de torque a breves 1.750 rpm (tanto com gasolina quanto com etanol no tanque).

turbo
Stellantis/Divulgação

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É, praticamente, o mesmo desempenho entregue no rival Volkswagen T-Cross que - com motor 200 TSI - tem, respectivamente, 128 cv e 20,4 mkgf a 2.000 giros. Mas, além dos bons ´números, o que, de fato, vêm conquistando o público é o baixo consumo.

De olho nesses números, portanto, chegou a hora da verdade: quais são os motores 1.0 turbo mais potentes do mercado no segmento de SUVs compactos? Quais são os mais "torcudos"? E, para completar, como são os consumos desses modelos no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro?



Origem

Ao contrário de antigamente, agora é comum ver no mercado motores 1.0 turbo com potências até então entregues por propulsores com maior cilindrada. Entretanto, muitos consumidores rejeitavam os 1.0 turbo em prol dos motores 1.6, 1.8 e 2.0 naturalmente aspirados ou mesmo sem outros sistemas, como a injeção direta de combustível.


Mas essa mudança de percepção está em curso e já se impõe nas vendas. Embora o mercado reúna diversos modelos com motor aspirado, os turbo de 3-cilindros parecem ter caído nas graças do público brasileiro. E não é apenas em relação ao desempenho e ao consumo. Tem também um apelo mais ecológico, já que esses motores emitem menos gases poluentes.

Volkswagen quer elétrico a etanol
Volkswagen/Divulgação

Turbo

Antes visto como artigo de luxo para esportivos, o turbo tinha a função de garantir desempenho extra em altas rotações. Entretanto, hoje, prioriza o menor consumo de combustível, sem deixar de fornecer boas respostas em acelerações e retomadas. É isso que a Volkswagen fez, lá atrás, com o 1.0 turbo de três cilindros que foi, então, usado em carros de vários tamanhos: desde o pequeno up! ao hatch médio Golf.


De lá para cá, marcas como Hyundai, Chevrolet, Caoa Chery, entre outras, passaram a oferecer motores com essas tecnologias que, afinal, podem ser aproveitadas em diversos veículos diferentes. Por sinal, a Stellantis lançou o 1.0 turbo do Pulse, derivado do tricilíndrico 1.0 Firefly do Argo, mas vai oferecer o motor em outros modelos do grupo, desde o Jeep Renegade até o Peugeot 208 e o futuro Citroën C3, que se tornou um mini SUV.

Veja o desempenho dos SUVs 1.0 turbo

Fiat Pulse

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Fiat/Divulgação

Motor: 1.0 Turbo 200 Flex
Cilindrada: 999 cc
Câmbio: Automático CVT (simula 7 marchas)
Potência: 125 cv (gasolina) 130 cv (etanol)
Torque: 20,4 mkgf a 1.750 rpm (g/e)
Consumo etanol: Não informado
Consumo gasolina: 12 km/l (cidade)/14,6 km/l (estrada)
Nota do Inmetro/Conpet: Não informada


O SUV inédito, derivado do hatch Argo, tem lançamento agendado para hoje (19) no Brasil. Seu motor 1.0 Turbo 200 Flex, da Stellantis, leva o número "200" em alusão ao torque (200 Nm). Trata-se do modelo mais potente da categoria, com até 130 cv - o pico de rotação ainda não foi informado pela fabricante.

Volkswagen T-Cross

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DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

Motor: 200 TSI
Cilindrada: 999 cc
Câmbio: Automático 6 marchas
Potência: 116 cv (gasolina) 128 cv (etanol)
Torque: 20,4 mkgf entre 2.000 rpm e 3.500 rpm (g/e)
Consumo etanol: 7,6 km/l (cidade)/9,5 km/l (estrada)
Consumo gasolina: 10,8 km/l (cidade)/13,4 km/l (estrada)
Nota do Inmetro/Conpet: C


Assim como no modelo da Fiat, o T-Cross usa o número 200 na nomenclatura do motor. O 200 TSI gera até 128 cv e os mesmos 200 Nm do rival. No entanto, perde um pouco em agilidade devido ao torque aparecer mais tarde. Até o lançamento do Pulse, é o SUV 1.0 turbo mais potente da categoria, com 128 cv.

Volkswagen Nivus

Volkswagen Nivus
Volkswagen/Divulgação

Motor: 200 TSI
Cilindrada: 999 cc
Câmbio: Automático 6 marchas
Potência: 116 cv (gasolina) 128 cv (etanol)
Torque: 20,4 mkgf entre 2.000 rpm e 3.500 rpm (g/e)
Consumo etanol: 7,6 km/l (cidade)/9,6 km/l (estrada)
Consumo gasolina: 10,7 km/l (cidade)/13,3 km/l (estrada)
Nota do Inmetro/Conpet: C


Com exatamente os mesmos dados técnicos do VW T-Cross, o Nivus tem proposta visual diferenciada e, no entanto, se intitula como SUV cupê. Apesar de se enquadrar na categoria de utilitários esportivos, Nivus tem características de hatch médio e, nesse sentido, pesa um pouco menos que o T-Cross - 1.199 kg contra 1.215 kg.

Hyundai Creta

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Vagner Aquino/Estadão

Motor: 1.0 Turbo GDI
Cilindrada: 998 cc
Câmbio: Automático 6 marchas
Potência: 120 (g/e) a 6.000 rpm
Torque: 17,5 (g/e) a 1.500 rpm
Consumo etanol: 8,3 km/l (cidade)/8,7 km/l (estrada)
Consumo gasolina: 11,6 km/l (cidade)/12 km/l (estrada)
Nota do Inmetro/Conpet: C


Lançado no Brasil em 2017, o Hyundai Creta logo caiu nas graças do público, mas só agora, na segunda geração (que não mudou plataforma) ganhou a opção 1.0 turbo. O motor é o mesmo que equipa o irmão HB20. Modelo não é o mais potente, nem tem dos maiores torques da lista, porém, sua entrega a 1.500 giros rende agilidade de condução.

Chevrolet Tracker

GM
Chevrolet/Divulgação

Motor: 1.0 Ecotec Turbo
Cilindrada: 999 cc
Câmbio: Automático 6 marchas
Potência: 116 cv (gasolina/etanol)
Torque: 16,3 mkgf (g)/16,8 (e) a 2.000 rpm
Consumo etanol: 8,2 km/l (cidade)/9,6 km/l (estrada)
Consumo gasolina: 11,9 km/l (cidade)/13,7 km/l (estrada)
Nota do Inmetro/Conpet: B


O Chevrolet Tracker, inicialmente vendido com motor 1.4, logo ganhou, nas configurações mais baratas, a opção 1.0 turbo de três cilindros usada na dupla Onix e Onix Plus. Modelo tem câmbio automático de seis marchas.

Caoa Chery Tiggo 3X

turbo
Caoa Chery/Divulgação

Motor: 1.0L VVT Turbo Flex
Cilindrada: 997 cc
Câmbio: Automático CVT (simula 9 marchas)
Potência: 98 cv (gasolina)/102 cv (etanol) a 5.500 rpm
Torque: 16,8 mkgf (g) e 17,1 mkgf (e) a 2.000 rpm
Consumo etanol: 7,8 km/l (cidade)/8,5 km/l (estrada)
Consumo gasolina: 11,2 km/l (cidade)/12,2 km/l (estrada)
Nota do Inmetro/Conpet: C


Os números do Caoa Chery Tiggo 3X são os piores entre os SUVs da categoria que usam a combinação motor 1.0 turbo + 3 cilindros. São, nesse sentido, 172 km/h de velocidade máxima. Até os 100 km/h, o modelo chega em 14,2 segundos.

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