GUILHERME WALTENBERG
Além de ser um atestado de originalidade do veículo clássico, a placa preta isenta o proprietário de cumprir algumas regras do Código de Trânsito Brasileiro válidas para outros carros. Também libera o motorista de encarar a inspeção veicular ambiental.
Como na época de fabricação desses automóveis as leis de emissão de gases eram outras, ou nem existiam ainda, os modelos com placas pretas não precisam passar pela verificação. Esses benefícios são concedidos como forma de preservar o automóvel original sem penalizar o proprietário.
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Segundo o presidente do Automóvel Clube do Brasil, Ariel Gusmão, a placa é o diferencial entre o carro de colecionador e o veículo comum. Ele diz que o antigomobilismo é uma atividade cultural que visa manter o patrimônio histórico, por isso a importância dessas iniciativas.
Para poder receber a placa preta, o veículo precisa ter ao menos 30 anos e 80% de peças originais. Uma vez atendidos esses critérios, o dono tem de se filiar a um clube formalmente constituído e solicitar uma inspeção no carro.
Se a associação for filiada à Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA), os documentos da inspeção serão analisados por essa entidade e, após aprovados, enviados ao órgão de trânsito competente. Caso o clube não seja filiado, o proprietário pode entrar com o pedido diretamente no
Denatran.
A placa preta tem validade de cinco anos. Depois, o veículo deve passar por nova vistoria.
Diretor da FBVA, Tiago Songa alerta para a má utilização que alguns fazem das placas pretas. “Há pessoas que buscam clubes que não são muito sérios para ‘comprar’ uma placa”, diz. “O que antes era um ‘pedigree’ do carro, está se tornando uma maneira de burlar a lei.”
