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Precursores dos ‘populares’
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Precursores dos ‘populares’

Nás decadas de 50 e 60, a indústria automotiva brasileira estava em seu início e fazer modelos baratos e econômicos era a melhor forma de motorizar o país. DKW Vemaguet, Willys Gordini e Renault Dauphine faziam sucesso

27 de ago, 2010 · 4 minutos de leitura.

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 Precursores dos 'populares'
Motor preparado pela DKW levou o Carcará a 212,9 km/h em 1966 (Foto: Reprodução)

Motor preparado pela DKW levou o Carcará a 212,9 km/h em 1966 (Foto: Reprodução)

Nícolas Borges

Neste ano, o Uno Mille completa duas décadas. O Fiat marcou o início da popularização dos carros 1.0, já que a partir de 1990 houve redução de imposto para veículos com essa cilindrada. Foi o início do domínio desses veículos sobre as vendas de novos. Mas os motores pequenos já faziam sucesso aqui nas décadas de 50 e 60, em modelos diversos. A indústria automotiva brasileira estava em seu início e fazer modelos baratos e econômicos era a melhor forma de motorizar o país. Em 19 de novembro de 1957, a DKW-Vemag lançou a perua Universal, que mais tarde se chamaria Vemaguet, com motor dois-tempos de três cilindros e 845 cm³. A potência era de 38 cv.

No ano seguinte, o mesmo propulsor passou a equipar um jipe (que viria a ser batizado de Candango) e um sedã da marca – ainda sem o nome Belcar. Em 1958, o motor foi trocado por outro de 980 cm³ e 50 cv de potência. Outra que apostou em propulsores pequenos foi a Willys-Overland, que já fabricava o modelo Jeep desde 1952. Em outubro de 1958, foi lançado o Dauphine, com motor traseiro de quatro cilindros, 845 cm³ e apenas 31 cv. O diminuto três-volumes era feito no País sob licença da Renault francesa.

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No Salão do Automóvel de São Paulo de 1961, a Willys mostrou o Interlagos, inspirado no Renault Alpine, que se tornou o primeiro esportivo nacional. Houve até uma versão conversível, inédita no carro francês. Além do motor de 845 cm³, ele tinha outras duas versões, ambas com menos de 1 litro: 904 e 998 cm³, entregando 56 e 70 cavalos, respectivamente. Em 1962, o Gordini, sucessor do Dauphine, veio com várias melhorias e mais força. Seu propulsor passou a gerar 40 cv de potência. Nascida em 1959, a equipe Vemag teve pilotos consagrados, como Bird Clemente.

Mais tarde Clemente correria pela escuderia Willys, que surgiu em 1961 e foi berço de nomes como Emerson Fittipaldi. Além dos Gordini, ela competia com o Interlagos. Isso fez a Vemag criar o GT Malzoni, em 1964. Mas a grade estrela da marca foi o Carcará, que em 1966 bateu o recorde sul-americano de velocidade com 212,903 km/h. Seu motor, ampliado para 1.089 cm³, tinha 103 cv de potência.


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