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Preparadoras de ‘fino trato’ no Brasil
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Preparadoras de ‘fino trato’ no Brasil

Saiba quais carros modificados estão disponíveis no País, a partir de R$ 139 mil

01 de ago, 2014 · 7 minutos de leitura.

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 Preparadoras de 'fino trato' no Brasil

Brabus, Hamann, Oettinger, Mansory, Ruf, Alpina…todas essas preparadoras são velhas conhecidas de clientes abonados e apaixonados por esportividade ao redor do mundo. Os com esse mesmo perfil, mas brasileiros, contentavam-se com as modificações “de fábrica”, feitas pelas divisões internas das marcas, como AMG, da Mercedes-Benz, e M, da BMW. Ou ainda recorriam a oficinas que alteram apenas a cavalagem do motor – e com sorte, com bônus de uma “mexida” nos freios. A falta de empresas especializadas de peso mundial, levou a importadora Strasse a trazer duas representantes do setor ao País. Brabus e Oettinger, ambas alemãs, operam em São Paulo. “A vinda se deu pela lacuna que existe no mercado automotivo brasileiro neste segmento”, explica o presidente da Strasse, Julico Simões.

Segundo o executivo, o consumidor brasileiro conhece apenas oficinas que alteram o motor dos carros, e não empresas especializadas em incremento de performance e outras melhorias nas máquinas. Para Simões, a questão é que, na maioria das vezes, não são levados em conta a durabilidade e garantia, além de não haver um estudo para padronizações de segurança, como adequações aerodinâmicas e mecânicas. “Muitas vezes fica a critério do cliente a decisão sobre o redimensionamento ou não do freio, quando é preciso ser feito e a responsabilidade é da empresa que prepara o carro. O brasileiro quer saber do motor e esquece a segurança”, opina.

A Brabus iniciou suas operações em abril. Com foco no consumidor da faixa entre 30 e 50 anos, a marca trouxe de cara três modelos. O “de entrada” é um C 18 Brabus, a partir de R$ 149 mil, equipado com motor 1.6 litro de 182 cv e 28,5 mkgf. O sedã tem spoiler dianteiro montado no para-choque que, segundo a preparadora, reduz a elevação da dianteira em altas velocidades. O visual externo é complementado por um aerofólio traseiro. Internamente, o sedã ganha tapetes com o logotipo da Brabus e pedais e pinos das portas em alumínio. O C 20, com preço sugerido de R$ 175 mil, complementa a “família” Brabus. Traz motor 1.8 de 224 cv e 33,1 mkgf de torque máximo, que o faz chegar aos 100 km/h em 7,6 segundos. A velocidade máxima é de 243 km/h.

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O topo da gama é o CLS 63 Brabus, dotado de um “humilde” 5.5 V8 biturbo de 620 cv e 101 mkgf. Se o motor não é o suficiente, o cupê traz spoiler de fibra de carbono, rodas de 19 polegadas, difusor – também de fibra de carbono – com escapamento que permite escolher dois tipos de ronco, mais agressivo ou suave. O preço inicial é de US$ 310 mil, cerca de R$ 700 mil.

Para C 18 e C 20 é possível escolher rodas, escapamento e difusor. Já para o CLS 63, as modificações ficam ao gosto do cliente. A Brabus ainda aceita preparar modelos da Mercedes com até 12 meses de fabricação. “É o tipo de cliente que já passou por outros esportivos e agora quer o que há de melhor em performance, sem abrir mão do luxo”, classifica o executivo.

A Oettinger, que “transforma” na Europa carros das marcas Audi, Volkswagen, Seat, Skoda e Porsche, estreou por aqui com um único produto. Trata-se do Golf GTI Oettinger, com motor 2.0 de 290 cv e 44,8 mkgf de torque, com preço inicial de R$ 139 mil. Com um kit de aerodinâmica, que inclui spoiler dianteiro, aerofólio e grade dianteira, o hatch acrescenta R$ 13,5 mil. A combinação máxima de pacotes – com rodas de 19 polegadas, sistema de exaustão com difusor traseiro – leva o carro aos R$ 179 mil. Um próximo modelo Oettinger deve vir até o final do ano, mas Simões faz mistério. “Podem esperar novidades, mas ainda não podemos confirmar quais”, diz.


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