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Primeiro Bentley a correr nas 24 Horas de Le Mans é vendido 100 anos depois
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Primeiro Bentley a correr nas 24 Horas de Le Mans é vendido 100 anos depois

Bentley 3 Liter Chassis 141 foi arrematado por mais de 3 milhões de libras esterlinas, valor que supera os R$ 18 mi, com venda intermediada pela Kidston SA

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

28 de mai, 2023 · 3 minutos de leitura.

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Bentley
Modelo foi restaurado após abandono em celeiro
Crédito:Kidston/Divulgação

Comparada até mesmo a eventos como o Grande Prêmio de Fórmula 1, as 24 Horas de Le Mans é emblemática na história do automomobilismo mundial. Agora, a prova faz 100 anos. Nesta corrida estava presente um Bentley 3 Liter Chassis 141, pilotado pelo veterano canadense John Duff e pelo piloto de testes da Bentley, Frank Clement. O fato curioso é que esta lendária unidade acaba de ser vendida.

Sim, 100 anos depois, o modelo foi arrematado por 3 milhões de libras esterlinas (valor equivalente a mais de R$ 18 milhões, na conversão direta). A venda feita a um entusiasta britânico (nome não identificado) foi, portanto, intermediada pela empresa suíça Kidston SA.

Bentley
Kidston/Divulgação

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Como foi essa história?

Na icônica corrida francesa do dia 26 de maio de 1923, a princípio, haviam 33 carros na pista. O Bentley em questão ficou em quarto lugar do ranking geral, apesar de um vazamento no tanque de combustível causado por pedras da pista não pavimentada.

Após a corrida, todavia, o modelo passou a atuar nas ruas. Usado, inclusive, como veículo de reboque. Em seguida, teve sua carroceria alterada e virou até carro funerário. Eis que, no fim dos anos 40, teve uso em transporte de cães. A partir daí, por fim, ficou esquecido.

Kidston/Divulgação

Ressurgiu, no entanto, no início dos anos 1980. E então, um jornalista automobilístico o identificou – em um celeiro – como o primeiro Bentley a correr em Le Mans. O carro foi, na sequência, comprado por um colecionador australiano que restaurou o modelo por completo. Na sequência, contudo, o Chassis 141 virou peça de museu. Agora, por fim, a raridade retornou à Grã-Bretanha.

Sucesso

Mesmo chegando ao mercado apenas dois anos antes (em 1921), o modelo fez sucesso após a exposição nas 24 Horas de Le Mans. Inclusive, bateu recorde da volta de 106,69 km/h em um carro apenas com freio traseiro. É tanto que emplacou 700 unidades em dois anos.



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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.