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Produção de bancos pode estar atrasando entregas da Tesla
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Produção de bancos pode estar atrasando entregas da Tesla

Opção da montadora de internalizar produção de bancos pode ser principal problema na linha de montagem

Redação

28 de out, 2017 · 3 minutos de leitura.

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Produção de bancos
Produção de bancos pode estar atrasando entregas do Model 3
Crédito:Foto: Tesla
Produção de bancos

A Tesla fez um movimento ousado ao internalizar a produção de bancos dos seus carros. O comum no setor automobilístico é que os bancos sejam produzidos por fornecedores externos, mas a complexidade do formato dos assentos do utilitário Model X fez até os fornecedores se atrapalharem.

Por isso, a marca resolver fazer ela mesma os bancos do Model 3, seu carro de maior volume. Só que agora, a medida pode voltar contra a própria Tesla. A marca não estaria com capacidade de atender à demanda pelo modelo. E um dos problemas seria justamente a incapacidade da fabricante de fazer bancos suficiente para todos os carros.

Um dos objetivos da Tesla é produzir nada menos que 500 mil carros por ano. No entanto, fontes ligadas à marca afirmam que o número não chegará nem perto disso.

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A meta de produção para o Model 3 era de 1.500 unidades entre julho e setembro. A marca só conseguiu montar 260 carros nesse período. Ainda que a fala oficial da fabricante seja de que não há problemas com a linha de montagem, não há como não suspeitar de “gargalos” na cadeia produtiva.

Segundo especialistas, produzir os próprios bancos é uma decisão questionável. A tarefa demanda mão-de-obra especializada e tem pouco retorno. Por isso a maioria das fabricantes delega a terceiras. Tanto que analistas do setor indicam que logo a Tesla deve voltar atrás se quiser atingir os volumes de produção almejados.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”