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Redescobrindo o Brasil: Recife reúne agito noturno e intensa vida cultural
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Redescobrindo o Brasil: Recife reúne agito noturno e intensa vida cultural

Capital pernambucana tem ares de metrópole com cultura exuberante e muita jovialidade

01 de dez, 2016 · 8 minutos de leitura.

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 Redescobrindo o Brasil: Recife reúne agito noturno e intensa vida cultural
Fim de tarde no Recife

A quarta parada da expedição “Redescobrindo o Brasil” foi no Recife. A capital de Pernambuco é uma das maiores metrópoles do Nordeste. Com quase 1,6 milhão de habitantes, tem uma mistura única de cultura e tradição e todos os problemas e vantagens de ser uma cidade grande. A região de Boa Viagem ainda é um dos mais procurados pelos turistas, mas nossa passagem pelo Recife mostrou que há muito mais fora dos arredores da praia, como os simpáticos bairros de Madalena e Casa Forte, na zona norte, repletos de praças agradáveis, cafés e restaurantes conceituados.

O centro antigo do Recife também é parada obrigatória para os visitantes. Lá, o destaque é o marco zero. O local, com uma grande praça circular, é ponto de encontro de recifenses e turistas. O marco significa o ponto de partida de todas as medições de distâncias rodoviárias do estado de Pernambuco.

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A maior cidade que visitamos até agora na expedição também tem se destaca pela noite agitada, com muitas festas e casas noturnas. Shows de bandas especializadas em diversos ritmos também se destacam. A maioria tem repertório próprio, de clara identidade pernambucana, mas já descolado dos ritmos do famoso carnaval e outros mais tradicionais.

Além disso, iniciativas como o projeto “O Meu Jardim”, que conhecemos nas ruas do bairro da Madalena, renovam a forma como os recifenses interagem com a cidade e usam seus espaços. Trata-se de uma floricultura volante, que funciona a bordo de uma VW Kombi de 1994, apelidada de Doralice.

O projeto, tocado pela empresária Cláudia Araújo, vende plantas de pequeno porte, como suculentas e cactos, em praças e eventos culturais no Recife. Dentro da Kombi ainda há um espaço de leitura com possibilidade de troca de livros.


Trânsito. Dirigir no Recife não é das tarefas mais simples. O trânsito é intenso, ainda que as avenidas largas ajudem na fluidez. As ruas internas de bairro são ótimas para cortar caminho e ainda conhecer mais da cidade.
Pelo menos, os motoristas recifenses são mais tranquilos ao volante, particularmente quando comparados aos de João Pessoa, que visitamos anteriormente. A constante, no entanto, é a velocidade elevada em que trafegam, sempre acima dos 60 km/h, limite na maior parte das vias.

Culinária. Para comer, é indispensável uma visita ao Brilhozinho, algumas ruas atrás da praia de Boa Viagem. O bar, que leva o nome de seu dono, é bem pequeno e escondido num beco estreito, mas surpreende pela simpatia.
Repleto de itens de decoração reunidos por “seu” Brilhozinho, é uma aula de cultura pernambucana, assim como de sua culinária. Um saboroso e bem servido prato de camarão com pirão e arroz custa cerca de R$ 100 para duas pessoas.

Cultura. Depois do almoço, uma das melhores pedidas é ir até o Instituto Ricardo Brennand, a cerca de 30 minutos do centro do Recife. No belíssimo local, estão reunidas centenas de obras de arte raras da coleção particular do empresário que ainda tem o maior acervo privado do mundo do pintor holandês Frans Post.


O Instituto ainda funciona em um belo palácio com suntuosos jardins que, sozinhos, já valeriam a visita. É bom reservar o resto da tarde e usar roupas confortáveis para conhecer o extenso acervo de Brennand. A visitação é aberta às 13h e custa R$ 25.

Perto dali, fica a oficina de Francisco Brennand, irmão de Ricardo e renomado artista plástico pernambucano. Milhares de obras de barro e argila estão expostas e há até algumas à venda.

Com sorte, pode até ser possível encontrar o próprio Francisco por lá, já que o artista de fato usa as instalações quase diariamente, mesmo aos 89 anos. A oficina é menor que o instituto e abre mais cedo, às 11h da manhã. A entrada custa R$ 15.


Cidade vizinha. Outro passeio imperdível é ir até a vizinha Olinda ver o por do sol na frente da Igreja da Sé da cidade. Localizada no alto, dá uma das melhores vistas para o Recife e recebe os visitantes com toda a exuberante arquitetura clássica, com casarões antigos e ruas estreitas de paralelepípedo.

Em cada rua, há placas indicam prédios e igrejas históricas cuja visitação é possível. O senão de Olinda é que não há muitos lugares para estacionar, portanto, se a cidade estiver cheia, é melhor deixar o carro no hotel e ir de táxi ou mesmo ônibus, com muitas opções partindo do Recife numa viagem que demorará no máximo uma hora. Uma dica é chegar à cidade à tarde para passear e aproveitar a noite por lá, também muito agitada. São mais comuns as festas de rua, todas gratuitas, com música ao vivo, DJs animados e muito forró.


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