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Renault Grand Tour usada é difícil de revender
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Renault Grand Tour usada é difícil de revender

De segunda mão, a Grand Tour mais fácil encontrar é na versão 1.6 Dynamique - que permanece em produção, mesmo com a chegada do Fluence. A luxuosa Privilège 2.0, com motor só a gasolina e câmbio automático, além de rara é cara

12 de dez, 2010 · 4 minutos de leitura.

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 Renault Grand Tour usada é difícil de revender

LUÍS FELIPE FIGUEIREDO

O sedã Renault Fluence aposenta o Mégane, mas a configuração perua do modelo feito no Brasil (a novidade é argentina) permanecerá em produção. Agora oferecida apenas na versão Dynamique e com motor 1.6 16V flexível de até 115 cv, a Mégane Grand Tour é tabelada a R$ 48.490. E assim como no mercado de novos, entre os usados seu desempenho é discreto.

Perua continua em produção em versão única. Foto: Renault/Divulgação

De segunda mão, a Grand Tour mais fácil encontrar é na versão 1.6 Dynamique. A luxuosa Privilège 2.0, com motor só a gasolina e câmbio automático, além de rara é cara. “São peruas de ótima relação custo-benefício”, afirma Fabio Vitale, dono da VR9 Motors (3717-8189), loja no Morumbi, zona sul.

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Na quinta-feira ele vendeu uma Dynamique 1.6 2008 por R$ 37.500, valor inferior ao da cotação do JC desta quarta-feira (R$ 38.400). O lojista foi o único entrevistado a afirmar que a perua vende rapidamente. “Em menos de um mês.”

Na Moto Racing (5091-5555), em Moema, na zona sul, uma Grand Tour Dynamique, cor preta, ano 2007, está à venda há dez dias por R$ 36.900. A cotação do modelo no jornal é de R$ 37 mil. “Perua sempre demora mais para vender, cerca de dois meses”, afirma o vendedor Roberto Guercio.

Segundo Soraya Jubran, vendedora da Mano Car (2971-2000), no Carandiru, zona norte, trata-se de um carro com público específico. “Tem cliente que chega procurando por ele.” A loja oferece uma Dynamique 1.6, prata, 2008, por R$ 39 mil. “A Toyota Fielder vende mais fácil, apesar de ter saído de linha e ser mais cara”, afirma Soraya.


Na Paulinho Multimarcas (4330-1757), em São Bernardo do Campo, no ABC, há uma na cor cinza, ano 2008, cotada a R$ 34.990. O valor está R$ 3.410 abaixo do levantamento do JC. “Está aqui há cerca de seis meses”, diz o vendedor Robson Oliveira. “O sedã tem mais saída, assim como a Fielder. O problema é a manutenção mais cara da Grand Tour.”

A meta da Renault é vender 700 unidades mensais da Grand Tour. É um desempenho acanhado para um modelo que só tem um concorrente direto, a Hyundai i30, que parte de R$ 59 mil.


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Jornal do Carro
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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.