Você está lendo...
Renault já tem sucessor do Clio pronto
Notícias

Renault já tem sucessor do Clio pronto

Projeto do novo compacto nacional que substituirá o Clio foi desenvolvido na Índia

04 de mar, 2015 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

 Renault já tem sucessor do Clio pronto
Modelo pode ser parceiro de plataforma do Redi-Go, conceito da Datsun

A produção do sucessor do Renault Clio, ainda chamado de projeto XBA, está programada para outubro na Argentina. Mas o carro já está pronto e em testes na Índia. Último modelo desenvolvido no país oriental e produzido no Brasil, o Toyota Etios não foi alvo de boas críticas quanto ao visual, mas uma fonte da marca francesa acredita que isso não vai se repetir pois o “dono” do projeto por lá já trabalhou aqui e conhece muito bem as necessidades de consumo dos brasileiros.

No entanto, essa mesma fonte diz que o modelo está sendo trabalhado para ser melhor por dentro do que por fora. O visual será generalista na carroceria, mas o acabamento ficará caprichado e moderno no interior, algo que ainda deixa a desejar nos compactos de entrada do País – inclusive na linha Renault, com o Sandero.

Publicidade


As projeções do que será a versão final do carrinho mostram pelo menos uma parte desse conteúdo. A identidade visual será próxima à do Redi-Go, um interessante conceito da Datsun, marca de baixo custo da japonesa Nissan, que faz parte do mesmo grupo automotivo da Renault.

Mas serão muitas as diferenças. Apenas as formas gerais e os faróis serão parecidos. Grade e lanternas terão a identidade da Renault e o grande vinco lateral que é marcante no protótipo não existe. Os conjuntos ópticos são mais afilados que os do novo Sandero e as lanternas terão dimensões entre as do Clio europeu e as do Captur, que também será vendido no mercado brasileiro.

Mecanicamente, o carro, cujo nome ainda não foi definido, vai ter um novo motor 1.0 de três cilindros que também já está em desenvolvimento. A plataforma é a modular CMF, que será usada por outros modelos no futuro, inclusive variações sedã e crossover do projeto do sucessor do Clio.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”