Você está lendo...
Rolls-Royce: Lula vai ou não usá-lo no desfile de posse? Entenda a polêmica
Antigos

Rolls-Royce: Lula vai ou não usá-lo no desfile de posse? Entenda a polêmica

Futura primeira dama, Janja afirma que Rolls-Royce pode ser substituído no evento de posse de Lula; gestão Bolsonaro nega danos no veículo

João Del Arco, Especial para o Jornal do Carro

15 de dez, 2022 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

rolls-royce
Silver Wraith levou todos os presidentes e alguns convidados especiais
Crédito:Gabriela Biló/Estadão
rolls-royce

Uma polêmica em torno do clássico Rolls-Royce Silver Wraith presidencial virou manchete nos últimos dias. Em coletiva de imprensa no dia 7 de dezembro, a coordenadora do núcleo de transição de governo, Rosângela Silva, a Janja, afirmou que o veículo “parecia ter sido danificado“. A avaria, segundo a futura primeira-dama da República, teria acontecido em 2018. Ou seja, justamente no evento de posse do atual presidente, Jair Bolsonaro.

Sem apontar qual o problema no Rolls-Royce, Janja levantou a hipótese de o modelo não ser utilizado na posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Caso isso ocorra, será a primeira vez que o luxuoso Silver Wraith desfalcaria uma cerimônia de troca de faixa presidencial. Desde então, pouco se confirmou sobre a possibilidade de substituir o luxuoso conversível.

Enquanto a equipe de transição não dá maiores detalhes sobre a avaria, o atual governo garante que o carro se mantém operacional. “Eu ouvi que, talvez, ele tenha sido danificado, o banco, e tal…”, disse Janja. Mas, logo no dia seguinte, a Secretaria Geral da Presidência rebateu: “O veículo Rolls-Royce encontra-se em perfeitas condições de funcionamento”, afirmou a gestão Bolsonaro por meio de nota.

Publicidade


Rolls-Royce
Geraldo Magela/Agência Senado

Há, portanto, um desencontro de versões. Isso porque o Rolls-Royce esteve em aparições públicas recentes, como, por exemplo, o desfile do Bicentenário da Independência. Seja como for, Janja garantiu que o evento de posse de Lula terá desfile em carro aberto. Mas não disse qual modelo poderá substituir o conversível da marca britânica, caso necessário.



Rolls-Royce “setentão”

O Silver Wraith, que significa “Espectro de Prata” em inglês, é um senhor de respeito. Fabricado em 1952 na Inglaterra, a unidade embarcou para o Brasil em fevereiro de 1953 no navio Highland Princess. O translado aconteceu de Londres para a cidade do Rio de Janeiro. Assim, seu primeiro “trabalho” por aqui foi em 1953. Ele levou o presidente Getúlio Vargas, durante as comemorações do Dia do Trabalho, em Volta Redonda.


O SW foi o primeiro Rolls-Royce após a Segunda Guerra. O motor é um seis cilindros em linha, 4,5 litros, a gasolina. Com 2,5 toneladas, tem capacidade para transportar sete pessoas. Em 2001, o modelo passou por uma restauração completa do interior. A mecânica, no entanto, ficou de fora. 

Rolls-Royce
Fernando Bizerra/Agência Senado

O carro segue uma rígida cartilha de manutenção. Intervenções regulares acontecem cerca de duas vezes ao ano. Por exemplo, ele é conduzido por 20 minutos diariamente. Assim, o hodômetro no painel registra mais de 30 mil km rodados. Além dos presidentes eleitos, diversas personalidades já desfilaram nele. Entre elas, a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, e o cosmonauta Iuri Gagarin, primeiro ser humano a ir ao espaço.


VEJA TAMBÉM
Conheça a história do Rolls-Royce Silver Wraith presidencial

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.