Você está lendo...
Simca Chambord é xodó do leitor
Notícias

Simca Chambord é xodó do leitor

Belisa FrangioneEm 2008, o empresário Brenno Russio comprou um exemplar do Simca Chambord que ele define como o “último dos... leia mais

25 de nov, 2012 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

 Simca Chambord é xodó do leitor

Belisa Frangione

Em 2008, o empresário Brenno Russio comprou um exemplar do Simca Chambord que ele define como o “último dos moicanos”. De 1966, o modelo teve seu fim decretado justamente no Salão do Automóvel daquele ano. Por isso, seu proprietário quis que ele ficasse como na época.

(Confira a fan page do Jornal do Carro no Facebook: https://www.facebook.com/JornaldoCarro)

Publicidade


“Comprei de um colecionador que já o havia restaurado. Porém, achei o resultado aquém do esperado e resolvi reformá-lo novamente para deixá-lo com cara de Simca 1966 de verdade.”

A restauração encomendada por Russio levou três anos para ser concluída. Mecânica, funilaria e pintura receberam atenção especial. “O carro foi todo desmontado e reformado peça por peça, parte por parte, como se tivesse saído da fábrica”, diz.

Na opinião do empresário, todo o tempo e dinheiro gastos na restauração valeram a pena. Prova disso é que o veículo mal saiu da oficina e já recebeu prêmios e diversas propostas de compra.


“Ele foi premiado nos tradicionais encontros de clássicos de Lindoia, no interior, e de Santos, no litoral. Desde então há convites para servir no transporte de noivos e propostas para comprá-lo. Agradeço e recuso todas.”

História. O Simca Chambord tem origem francesa e começou a ser produzido no Brasil em 1959, na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O primeiro exemplar a sair da linha de montagem foi entregue ao então presidente Juscelino Kubitschek, no Rio de Janeiro.


O veículo tem seis lugares (três passageiros no banco da frente e três no de trás). Os exemplares do último modelo, como o do leitor, contam com câmbio manual de três marchas e motor V8 com câmara de combustão hemisférica.
Essa linha também tem área do espelho retrovisor ampliada e forração interna no capô, feita de carpete para diminuir ruídos.

No segundo semestre de 1966, a Simca do Brasil foi vendida para a norte-americana Chrysler e então a produção do Chambord chegou ao fim.

A matriz da Simca, na França, foi criada em 1935 e deixou de existir em 1980.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Seis cuidados com o câmbio automático do automóvel

O sistema aumenta o conforto e exige menos intervenções do motorista, mas requer cuidados para preservação do equipamento

31 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Para sair com um carro equipado com câmbio automático, o motorista precisa apenas colocar a alavanca na posição D (drive). Não é necessário se preocupar com as trocas de marcha de acordo com cada situação do trânsito. Essa simplicidade se estende à manutenção, em geral menos frequente do que em veículos com câmbio mecânico. Mesmo assim, o sistema requer alguns cuidados para não apresentar problemas. 

“Recomendam-se a verificação e a troca de óleo conforme determina o manual do proprietário”, afirma Marco Barreto, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). “Veículos com maior quilometragem acumulada podem apresentar aumento no tempo da troca de marchas ou solavancos. Nesses casos, é bom observar a embreagem e os freios internos da transmissão.”

Barreto destaca a importância de observar as condições da oficina que realizará o serviço. “A manutenção deve ser feita em um local limpo e, se possível, em ambiente controlado, para evitar que impurezas contaminem os componentes internos.” Além disso, existem procedimentos importantes para o câmbio automático não sofrer desgaste desnecessário e prematuro.

1. Alavanca em N

Muitos motoristas têm o costume de tirar o câmbio da posição D (drive) para a N (neutro) quando o veículo está parado por causa do semáforo vermelho, por exemplo. “Os carros automáticos estão programados para funcionar em D mesmo parados. Assim, engatar N aumenta o consumo de combustível. Se o motorista esquecer de retornar à posição D, o carro corre o risco de andar para trás em uma descida e causar uma batida”, explica Barreto.

2. “Banguela”

Jamais engate N para descer na “banguela”. O que muitos motoristas fazem em automóveis com motores carburados não deve ser repetido nos carros com câmbio automático. Além de gastar mais combustível, isso compromete a segurança de todos, porque provoca desgaste excessivo nos freios.

3. Trocas rápidas de marcha

Ao engatar a ré, é comum que o motorista tente executar a troca das posições D para R rapidamente. “Esse movimento causa trancos no câmbio e, com o tempo, leva a defeitos na transmissão. O ideal é sempre fazer as trocas com o automóvel totalmente parado”, afirma o professor da FEI.

4. E o freio de mão?

A posição P (parking) é usada para estacionar o carro automático. Ela aciona uma trava mecânica que imobiliza o câmbio e impede o veículo de se deslocar. Entretanto, é preciso acionar também o freio de mão, porque, sem ele, a trava do câmbio e os coxins de suporte da transmissão podem sofrer danos. O correto ao estacionar, portanto, é passar o câmbio de D para N, acionar o freio de mão, tirar o pé do freio e só então colocar a alavanca na posição P.

5. Sem pegar no tranco

Lembra aquele artifício de fazer o carro carburado pegar no tranco? Nunca tente fazer isso nos automáticos, porque eles não foram projetados para esse tipo de procedimento. “Tal movimento pode bloquear as rodas e danificar a transmissão”, diz Barreto. “Se os componentes da transmissão automática quebrarem por causa disso, o prejuízo certamente será grande.”

6. Não leve tanto peso

Não coloque dentro do carro um peso superior ao recomendado pela fabricante. Dirigir com excesso de peso afeta a suspensão, os freios, o motor e o câmbio automático.