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Sonhos automotivos estão à venda
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Sonhos automotivos estão à venda

Na Europa e nos EUA, é possível guiar em autódromos míticos, alugar supercarros e até guiar um F1

29 de abr, 2015 · 12 minutos de leitura.

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 Sonhos automotivos estão à venda
A diária de um Bentley Continental parte de 695 euros

Guiar carros de sonhos, acelerar em autódromos lendários, fazer cursos de pilotagem radical. No Brasil, a oferta desse tipo de programa é escassa, mas, para quem viaja aos Estados Unidos e, principalmente, à Europa, não faltam opções. Dá até para acelerar um Fórmula 1.

Mas só vai aproveitar aquele que não precisa economizar. Na Europa, o aluguel de carros de marcas como Ferrari, Lamborghini e Porsche dificilmente sai por menos de 500 euros (cerca de R$ 1.600) por dia, Além de haver várias empresas especializadas nesse tipo de aluguel, dá para pegar e devolver o veículo em diversas cidades.

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Mas não adianta ter uma supermáquina à mão se não houver lugar para acelerá-la. Na Alemanha, há trechos de rodovia sem limite de velocidade.

Para quem viajar pelo sul da França, por exemplo, uma ótima pedida é passar uma tarde testando os limites do carrão em Paul Ricard, autódromo nos arredores de Marselha.

(Confira os sites das empresas citadas na reportagem)


A maioria das marcas de alto luxo oferece cursos de direção para quem quer extrair o melhor dos supercarros. Listamos várias sugestões de experiências automotivas no exterior.

PILOTE UM CARRO DE FÓRMULA 1


Modelo disponível é Benetton de 1997, com motor de 750 cv (Foto: Ascari Race Resort/Divulgação)


A 70 km de Marbella e 90 km de Málaga, na Espanha, o Ascari Race Resort é um clube feito sob medida para os amantes da velocidade. O complexo inclui hotel e uma pista na qual é possível acelerar sem limites. São vários os programas de direção oferecidos – o mais interessante é guiar um Fórmula 1.

Os preços partem de 20 mil euros (em torno de R$ 65 mil) para o pacote de dois dias. Há ainda os de três e cinco dias por, respectivamente, 26 mil euros (R$ 84.500) e 36 mil euros (R$ 117 mil).

O programa inclui aulas teóricas e práticas em carros “comuns”, como BMW Série 2 e Lotus Elise, além de um Fórmula 3. Depois de passar por essas etapas, o “piloto” está apto a acelerar o Fórmula 1 na pista.


No programa mais simples, são 15 voltas no Benetton de 1997, com motor 4.0 V10 de 750 cv e 96,7 mkgf.

O pacote intermediário inclui 20 voltas no circuito e o mais completo, 28 voltas.

DIVIRTA-SE EM CURSOS DE DIREÇÃO


Carros da divisão esportiva “M” estão no programa da BMW (Foto: BMW/Divulgação)

Audi, BMW, Land Rover, Mercedes-Benz e Porsche estão entre as marcas que oferecem cursos para quem pretende aprimorar técnicas de direção. Em janeiro e fevereiro, os programas são de pilotagem no gelo.

O básico da Mercedes parte de 1.590 euros (R$ 5.100). Há opções em St. Michael (Áustria) e Arjeplog (Suécia). Os carros são os esportivos da AMG.

Para quem quer guiar na pista, a Audi inaugurou um circuito em Neuburg, a 18 km de sua sede, em Ingolstadt (Alemanha). Há programas de direção esportiva e segura. Entre os carros, estão a perua S4 Avant e superesportivo R8 5.2. Os preços partem de 430 euros ( R$ 1.400).

A academia de direção da BMW e da Mini, sua controlada, têm cursos no centro de pilotagem em Maisach, próximo a Munique, e em autódromos como Nordschleife e Hockenheim (todos na Alemanha) e o austríaco Red Bull Ring. Os preços partem de 180 euros (R$ 600).

ALUGUE MODELOS LUXUOSOS E SUPERESPORTIVOS


Em locadoras europeias, dária da Ferrari 458 Italia parte de 450 euros (Foto: Ferrari/Divulgação)

Na Europa, há várias empresas especializadas em aluguel de luxuosos e esportivos. A Hemingway, por exemplo, oferece carros em diversas cidades da Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Portugal, Áustria, Suíça e Itália.

A diária de um Aston Martin DB9 parte de 550 euros (R$ 1.800) e a de um Porsche 911, de 420 euros (cerca de R$ 1.400). Um Bentley Continental GT sai a 695 euros (em torno de R$ 2.300).

Das Ferrari, a diária da 458 Italia parte de 750 euros (R$ 2.400). Já a de um Lamborghini Aventador custa 1.600 euros (R$ 5.200).

Outra locadora especializada é a Europe, cuja lista de países inclui ainda Hungria, Eslováquia e República Checa. A oferta de carros e preços é semelhante à da Hemingway.

Em Miami (EUA), a Lou La Vie tem como destaques o Lamborghini Huracán, o BMW i8 e o Chevrolet Corvette Stingray. As diárias partem de US$ 299 (cerca de R$ 900) para luxuosos, US$ 349 (R$ 1.050) para esportivos e US$ 1.199 (R$ 3.600) para superesportivos.

ACELERE EM AUTÓDROMOS MÍTICOS


Para dar 25 voltas em Nordschleife, preço é de 508 euros (Foto: Divulgação)

A Fórmula 1 fez história na Europa em autódromos como o de Estoril, em Portugal, e Paul Ricard, na França. Esses circuitos lendários foram substituídos por outros, a maioria na Ásia, mas continuam sediando outras categorias tanto do automobilismo quanto do motociclismo. E também estão abertos ao público em geral durante alguns períodos do ano.

Em Estoril, a 25 km de Lisboa, dá para participar de experiências de direção ao volante de carros da Porsche, como o Cayman. Os preços partem de 85 euros (cerca de R$ 280).

Localizado em Le Castellet, no sul da França, Paul Ricard oferece maior diversidade. São pelo menos seis opções de carros disponíveis, incluindo Lamborghini e Ferrari. Os valores partem de 99 euros (R$ 320).

Quem estiver na Alemanha a bordo de um carrão alugado tem uma ótima opção de pista em Nurburgring. A parte liberada ao público não é a que foi usada pela Fórmula 1 até 2013, mas a de Nordschleife, que é mais desafiadora. Para percorrer os 23 km do circuito conhecido como “Inferno Verde”, localizado em Nurburg, que fica a 100 km de Colônia, pagam-se 27 euros (R$ 90) por volta. Para 25 voltas, são 508 euros (R$ 1.650).

OPÇÕES DE ROTEIROS AO VOLANTE


De Monte Carlo (acima) a Marselha, há montanhas, praias e plantações de lavanda (Foto: Eric Gaillard/Reuters)

Para quem gosta de dirigir, a sugestão é sair da Alemanha, cujas rodovias têm trechos sem limite de velocidade, e, partindo de Berlim, visitar Praga, Budapeste e Viena. Os trajetos entre as quatro cidades têm, em média, 400 km. De Munique, dá para ir a Salzburgo, na Áustria, que fica a 144 km.

O sul da França é ótimo para viajar de carro. Há rodovias e estradas secundárias em regiões com montanhas, praias e plantações de lavanda. Ao longo dos 250 km entre Marselha e Monte Carlo ficam belas cidades, como Aix-en-Provence, Saint-Tropez, Cannes e Nice.

Na Itália, visite as regiões de Ligúria (Portofino e Gênova), Lombardia (Milão) e Emília Romagna (Maranello e Bolonha).

Na Inglaterra, a região rural de Cotswolds. que inclui Oxford e Bath, é uma boa dica.

Nos EUA, percorrer a Califórnia de carro, parando na histórica Carmel e nas vinícolas de Napa Valley, é imperdível.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”