Você está lendo...
Tesla tem mega recall de 2 milhões de carros por falha no Autopilot
Notícias

Tesla tem mega recall de 2 milhões de carros por falha no Autopilot

Após investigação de agência reguladora, Tesla assume que sistema Autopilot "pode não ser suficiente para evitar uso indevido por motoristas"

Redação

14 de dez, 2023 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

Tesla Model Y elétrico
Relatório diz que reparos nos veículos Tesla são ainda mais caros
Crédito:Tesla/Divulgação

Após anos de polêmicas envolvendo o sistema Autopilot, de condução semiautônoma, a Tesla enfim convocou um recall para corrigir falhas no sistema. O chamado envolve nada menos que 2 milhões de carros elétricos da marca do bilionário Elon Musk, todos nos Estados Unidos. A convocação, claro, não é espontânea. Há dois anos, a NHTSA, agência norte-americana que regula a segurança viária, investiga a montadora por acidentes envolvendo o Autopilot.



Há cerca de um ano, a NHTSA apontou que os carros da marca de Elon Musk se envolveram em 70% dos acidentes de trânsito nos EUA. A investigação considerou, então, um período de aproximadamente um ano, de junho de 2021 até maio de 2022. Conforme os dados da agência, os modelos da Tesla estiveram presentes em 273 de 392 acidentes no país.

O levantamento englobou 11 montadoras, que são obrigadas a relatar incidentes desde 2021, quando se tornou uma exigência do governo local. Além disso, essas avaliações contaram apenas com sistemas de condução de nível 2. Ou seja, a tecnologia ainda não é capaz de assumir a direção por completo, sem a presença de um motorista humano.

Publicidade


Tesla Model Y
Tesla/Divulgação

Tesla vai atualizar software do Autopilot

Para resolver a questão, a marca de elétricos de Elon Musk vai liberar uma atualização remota. Ou seja, os cerca de 2 milhões de veículos receberão correções “pelo ar”, sem precisar ir a uma revenda ou oficina da Tesla. Esta correção vai evitar, portanto, que os motoristas utilizem o sistema de piloto automático de forma indevida. Isto é, que habilitem o Autopilot sem que haja alguém no comando do carro, para garantir a segurança em uma eventualidade.

Dessa forma, a correção vai incorporar alertas e controles adicionais para “incentivar os motoristas à aderir à sua responsabilidade de direção”. Segundo Ann Carlson, administradora interina da NHTSA, o principal problema do Autopilot da Tesla é que “os humanos confiam demais na tecnologia”.


Autopilot da Tesla já teve outro recall

No início de 2022, a Tesla realizou um recall de quase 54 mil modelos nos EUA. O motivo foi uma falha no sistema AutoPilot que fazia com que os veículos não parassem em cruzamentos. A solicitação também veio da NHTSA, que confirmou a desativação do recurso “rolling stop”. Na ocasião, foram convocados o sedã Model S e o SUV Model X feitos entre 2016 e 2022, bem como exemplares do Model 3 (de 2017 a 2022) e do Model Y (a partir de 2020).

Siga o Jornal do Carro no Instagram!

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Toyota Hilux SRX Plus une luxo com esportividade da GR-Sport e custa menos

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.