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Teste das Antigas – Citroën Xantia
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Avaliação

Teste das Antigas – Citroën Xantia

Avaliação publicada em 08/03/2000 enaltecia bom comportamento dinâmico do sedã francês

25 de fev, 2016 · 10 minutos de leitura.

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 Teste das Antigas - Citroën Xantia

Na virada do milênio, quando o mercado de sedãs médios era farto de opções nacionais e importadas, que brigavam em preço e capacidades, a Citroën tentava seu espaço com o controverso Xantia e já preparava espaço para a chegada da primeira geração do C5, lançada em 2001. A favor do sedã francês (que tinha abertura inteiriça da tampa traseira, como num hatch grande), um bom motor 2.0 e a suspensão hidropneumática, que prometia estabilidade acima da média para o Xantia. Veja o que achamos no teste publicado em 08/03/2000, nas palavras de Marcus Vinicius Gasques.

Citroën Xantia envelhece mas preserva a boa estabilidade
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Deve ser surpreendente para os demais motoristas. Ao ser imobilizado numa parada de semáforo, por exemplo, o Xantia “acomoda-se”, balançando até atingir a melhor distribuição de peso entre as quatro rodas. Se o dono do carro quiser mesmo intrigar quem está ao lado, pode recorrer à alavanca que controla a suspensão hidropneumática e fazer a carroceria subir ou descer, como se estivesse em um elevador.

Mas o sistema de suspensão desse Citroën não está para brincadeiras. No Xantia GLX 2.0 16V avaliado pelo JC, o carro mostrou que substituir molas e amortecedores por esferas com gás e fluido pode garantir muito equilíbrio e transmitir conforto e segurança para os ocupantes.

A montadora francesa sempre investiu em soluções alternativas para a suspensão de seus modelos. No Xantia, ela pode descer para uma posição de descanso, ou subir a ponto de deixar quase todo pneu exposto. O eixo traseiro, autodirecional, permite que as rodas voltem-se ligeiramente para o mesmo sentido da curva, melhorando a direção e estabilidade.


Lançado há oito anos, o Citroën Xantia já mostra sinais de cansaço em seu estilo de linhas muito retas,- como o friso cromado que acompanha toda a lateral do carro. Hoje conservador, o modelo francês fica no meio termo entre um sedã e um hatchback, com a tampa do porta-malas, ou quinta porta, descendo suavemente em direção à traseira.

Mesmo assim, o arrojo de seu estilo, na época do lançamento, é atestado pelas nervuras na tampa do motor ou o desenho dos faróis, detalhes agora comuns a vários modelos. O carro de 4,5 metros tem pára-choques amplos pintados e rodas opcionais de liga leve.

Silêncio.O Xantia é um carro muito silencioso, o que valoriza ainda mais o conforto garantido pela direção hidráulica ajustável na altura e pelo câmbio automático de quatro marchas. Batizada de Auto-active, a transmissão tem funcionamento bastante suave, que se adapta ao estilo de condução do motorista. Oferece alternativa de respostas esportivas ou destinada a pisos escorregadios.


O painel do Xantia tem os instrumentos básicos e comandos acessíveis. Destaque para as oito funções do rádio e toca-discos, que podem ser administradas por teclas junto ao volante. Ambos – som e teclas – são opcionais. O motorista não precisa nem ligar o limpador quando chove – nesse caso, um sensor aciona as palhetas automaticamente.

O banco do condutor tem regulagem mecânica de altura e apoio lombar, mas o descanso de braço central mais atrapalha do que oferece alguma utilidade. O vidro do motorista funciona com um toque.

Bom para quem está ao volante, melhor para os passageiros. Os bancos têm revestimento discreto e muito agradável ao tato, e o ar-condicionado eletrônico pode ser regulado na temperatura desejada. O teto solar é elétrico.


O Xantia GLX automático já vem razoavelmente equipado pelo preço de R$ 49.760,00, que inclui bolsas infláveis dianteiras e laterais para motorista e passageiro. As portas contam com barras de proteção.

Ainda no capítulo segurança, os cintos de segurança têm ajuste de altura. Há apoio de cabeça e cintos de três pontos para dois dos passageiros do banco traseiro. O terceiro vai desconfortável por causa do túnel quadrado no chão e ainda usa cinto apenas abdominal.

A terceira luz de freio é integrada à tampa do porta-malas, e os faróis halógenos têm regulagem elétrica de altura. O amplo vidro traseiro possui desembaçador elétrico e limpador com lavador. Os retrovisores externos também têm ajuste elétrico e desembaçador.


Para parar, o Xantia tem freio a disco nas quatro rodas; e a capacidade de carga no porta-malas é grande

Para um 16 válvulas, o motor do Xantia GLX agradou bastante. Não mostrou aquela inércia irritante que costuma afetar carros equipados com propulsores de quatro válvulas por cilindro; em vez disso, respondeu com prontidão à pressão no acelerador.

Os quatro cilindros em linha (1.998 cm³), alimentados por injeção eletrônica multiponto, desenvolvem a potência de 126 cv. Segundo dados da Citroën, o carro de de 1.340 kg acelera de 0 a 100 Km/h em 9,1 s, e atinge a velocidade de 212 km/h.


Consumo alto.O carro anda bem, mas cobrou seu desempenho em consumo um tanto alto de gasolina. Rodando no trânsito urbano, o Xantia ficou na modesta média de 6,88 km/litro. Na estrada, o consumo foi de 13,97 km/l. O tanque do carro é grande – 65 litros – e sua tampa é travada pelo controle remoto.

Para parar, o Xantia GLX conta com freios a disco nas quatro rodas. O sistema antitravamento de rodas ABS de quatro canais é de série. Mesmo com bancos na posição normal, o porta-malas do Xantia acomoda bom volume de bagagem: 480 litros. O encosto do banco pode ser rebatido (1/3, 2/3) e sua capacidade sobe para 1.405 litros. O banco tem ainda uma abertura para objetos longos.

Além do controle remoto para destravar as portas e a tampa do porta-malas, a chave do Xantia está equipada com transponder que libera eletronicamente a ignição.


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