A Toyota está em maus lençóis após executivos da montadora e da Daihatsu, sua marca de baixo custo, reconhecerem que a empresa fraudou testes de impacto na Ásia. A descoberta surgiu no fim de abril, após denúncia de que a subsidiária aplicou reforço estrutural na região das portas dos exemplares submetidos a testes de colisão. O problema é que o material não foi encontrado nos veículos de produção em série, entregues aos clientes.
Toyota Raize e Yaris Ativ têm vendas suspensas
Diante das evidências, a marca suspendeu as vendas dos modelos envolvidos na fraude. Entre eles, destaque para o Yaris Ativ, nova geração do sedã, que estreou em agosto de 2022. Além dele, a Toyota interrompeu as vendas do SUV Raize por causa da mesma investigação. Isso porque os dois veículos usam a plataforma DNGA da Daihatsu, que é uma versão mais simples da base TNGA usada pela dupla Corolla sedã e Corolla Cross.
O SUV pequeno, aliás, estava cotado para vir ao Brasil. Desde novembro de 2021, vendeu 56.111 unidades na Ásia. A plataforma da Daihatsu, por sinal, também está no novo Yaris Cross, SUV compacto recém-revelado na Indonésia. O utilitário está cotado para ganhar produção no Brasil, na fábrica de Sorocaba (SP), a partir de 2024.
Fraude da Toyota não envolve o Brasil
Mas é importante destacar que a denúncia não afeta o mercado brasileiro. Isso porque a atual linha Yaris, disponível nas versões hatch e sedã, utiliza plataforma diferente.
Segundo o presidente-executivo da Toyota na Ásia, Masahiko Maeda, houve pressa no lançamento dos modelos envolvidos. Além disso, assim que a Daihatsu descobriu o problema, foi feita a denúncia aos órgãos responsáveis. Em seguida, a entrega dos veículos foi suspensa. Assim, os testes serão refeitos e as vendas serão retomadas caso os modelos sejam aprovados.
“Vamos investigar o assunto para identificar a fonte, garantir a segurança do motorista e, então, evitar que isso aconteça novamente”, declarou Akio Toyoda, presidente global da montadora.
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