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Três é o número da vez
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Três é o número da vez

Quando começar a ser vendido no País, o Hyundai HB20 será o terceiro modelo do mercado brasileiro equipado com motor tricilíndrico de 1 litro de cilindrada. Além dele, também têm propulsor dessa configuração o Smart ForTwo e o Kia Picanto

19 de set, 2012 · 5 minutos de leitura.

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 Três é o número da vez

LUÍS FELIPE FIGUEIREDO

Quando começar a ser vendido no País, em 10 de outubro, o Hyundai HB20 (acima), compacto que a marca sul-coreana fabricará em Piracicaba (SP), será o terceiro modelo do mercado brasileiro equipado com motor tricilíndrico de 1 litro de cilindrada. Além dele, cuja versão de entrada tem preço sugerido de R$ 31.995, também têm propulsor dessa configuração o francês Smart ForTwo e o “primo” Kia Picanto – do qual o HB20 herda o motor, o Kappa 1.0 16V de até 80 cv com etanol.

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São três exemplos de downsizing, termo que define a redução de cilindrada e do número de cilindros, sem perda de potência. O objetivo é diminuir o consumo de combustível, baixando a emissão de CO2, gás causador do efeito estufa.
E há mais a caminho. A Ford deverá fabricar em Camaçari (BA) o três-cilindros da linha Ecoboost, que inclui turbo e injeção direta de combustível (há opções de 100 cv e 125 cv). O motor equipará o novo Fiesta, que também será feito no País.

Lá fora a BMW anunciou, na semana passada, uma linha de motores que inclui um tricilíndrico de 1,5 litro de cilindrada (acima). A alemã informa que os motores têm o conceito de “módulos” de 500 cm³ de cilindrada. Haverá também versões de quatro e seis cilindros. A potência não foi especificada – apenas que serão “de 40 cv a 75 cv por cilindro”, equivalente a entre 120 cv e 225 cv, no caso do três-cilindros.


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Além de turbo e injeção direta de gasolina, esses motores têm sistema de controle de válvulas (admissão e escapamento) Valvetronic. Outra novidade é uma função que, nas situações em que não há carga no acelerador, reduz o funcionamento dos cilindros ao mínimo, em vez de desativá-los. Conforme a fabricante alemã, isso dá mais suavidade ao propulsor.


A Fiat diminui ainda mais o tamanho dos propulsores. Sua divisão de motores e transmissões, a FPT, deve fazer em Campo Largo (PR) o bicilíndrico TwinAir que na Europa equipa o subcompacto 500. Esse propulsor (acima) tem 875 cm³ e gera 85 cv.

Como há menos peças, motores pequenos têm reduzidas as perdas por bombeamento e menos atrito interno. Mas sofrem com as vibrações. Para neutralizar esse efeito, trazem árvore de balanceamento, que é acionada pelo virabrequim e gira em sentido inverso ao deste.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.