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Usados: Gol no topo e 25% de alta nas vendas em maio; veja o ranking
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Usados: Gol no topo e 25% de alta nas vendas em maio; veja o ranking

Vendas de usados e seminovos somaram quase 850 mil unidades no quinto mês do ano, mas acumulado ainda está em baixa; veja os 20 mais vendidos

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

10 de jun, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Volkswagen Gol é o usado mais comercializado do País
Crédito:Sergio Castro/Estadão
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Com as longas filas de espera para alguns carros 0-km, por causa da falta de chips que impede a produção, muitos consumidores têm optado pela compra de seminovos e usados. Desse modo, as vendas da categoria cresceram 25,8% entre abril e maio. De acordo com dados da Fenabrave, as vendas de automóveis e comerciais leves seminovos e usados totalizaram 849.634 no mês passado. Todavia, em abril, foram 675.326 exemplares.

“O aumento percentual das transações de veículos usados, em maio, ficou próximo da alta na venda de novos, o que é natural, pois muitos usados são ofertados como entrada na compra por um 0-km”, destaca Andreta Jr., presidente da Fenabrave.



Só o Volkswagen Gol, usado mais vendido do País, registrou 63.500 unidades. O número é quase duas vezes o total do segundo colocado, justamente porque o hatch é o modelo mais longevo do mercado. Com mais de quatro décadas de vendas, é natural que o Gol tenha mais movimento no mercado de usados e seminovos. O segundo lugar do pódio, como ocorre já há alguns anos, é do Fiat Palio, com 38.333 unidades negociadas.

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Sergio Castro/Estadão

Picapes crescem na preferência do consumidor

Uma curiosidade é que a mudança de comportamento vista no mercado de carros novos se reflete nas vendas de usados. A Fiat Strada é lider do mercado e, assim, suas vendas no setor de usados também apresentam constante alta. Para se ter ideia, a picape foi o terceiro modelo no ranking de maio, mas não passava da quinta posição em 2019. Ou seja, antes da pandemia e da chegada da atual nova geração, que chegou em 2021 e despontou.

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Fiat/Divulgação

A Volkswagen Saveiro, mesmo não sendo páreo para a nova Fiat Strada, também aparece bem no ranking. Em maio, ficou na 11ª colocação, mesmo posto que ocupou em maio de 2019. Já no quinto mês de 2020, ficou em 5º, e foi 9º em 2021.

Queda no acumulado do ano

Embora as vendas de carros usados e seminovos tenham crescido na comparação entre maio e abril, houve queda no acumulado do ano. Entre janeiro e o mês passado (3.528.471 vendas), houve 20,9% de retração. Afinal, foram 4.458.307 no mesmo período de 2021. Para Andreta Jr, “isso é reflexo da maior restrição e custo do crédito (ao consumidor)”. Ainda assim, o presidente da Fenabrave acredita que o mercado irá se estabilizar.

Nesse sentido, cabe destacar que, se no acumulado do ano as vendas não foram tão bem, a média diária registrou saldo positivo. De acordo com a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), a alta foi de 2,2% em maio. Para o presidente da entidade, Enilson Sales, “a expectativa, até o final do primeiro semestre, é de equilíbrio e lenta recuperação”, afirma. O executivo não acredita em grandes oscilações.


Ranking: os 20 carros usados mais vendidos em maio

1º) Volkswagen Gol – 63.500
2º) Fiat Palio – 38.333
3º) Fiat Uno – 36.814
4º) Fiat Strada – 25.232
5º) Chevrolet Onix – 22.339
6º) Chevrolet Celta – 22.250
7º) Toyota Corolla – 19.602
8º) Volkswagen Fox – 19.320
9º) Ford Ka – 18.359
10º) Chevrolet Corsa – 18.041
11º) Volkswagen Saveiro – 17.909
12º) Ford Fiesta – 17.095
13º) Hyundai HB20 – 16.351
14º) Fiat Siena – 16.140
15º) Honda Civic – 13.927
16º) Chevrolet Classic – 13.656
17º) Renault Sandero – 13.177
18º) Chevrolet S10 – 12.857
19º) Chevrolet Prisma – 11.926
20º) Ford EcoSport – 11.508

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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.