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Veja o que comprar de R$ 40 mil a R$ 50 mil
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Veja o que comprar de R$ 40 mil a R$ 50 mil

Faixa de preço é ponto de partida para consumidor que deseja fugir de modelos equipados com motores 1.0

21 de abr, 2015 · 7 minutos de leitura.

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 Veja o que comprar de R$ 40 mil a R$ 50 mil
Com motor 1.6 que gera até 128 cv, sedã Hyundai HB20 é sugestão mais potente da lista

Com fim da redução do IPI pelo governo federal e o término do estoque de unidades faturadas dentro da tabela antiga, os preços dos veículos zero-quilômetro passaram a um novo patamar. A faixa entre R$ 40 mil e R$ 50 mil concentra, hoje, as primeiras opções para o consumidor que deseja fugir de carros equipados com motor 1.0.

São modelos que oferecem o mínimo de conforto que o brasileiro aprendeu a exigir (ar-condicionado, direção assistida, acionamento elétrico de vidros e travas), associado a motores que entregam potência entre 88 cv (Fiat 500) e 128 cv (Hyundai HB20S) abastecidos com etanol.

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Selecionamos dez modelos que ocupam essa faixa de preço. Os valores informados se referem a opções com pintura sólida. Nos carros mais caros desta lista, o custo extra da pintura metálica faria o preço final extrapolar o teto proposto de R$ 50 mil.

RENAULT SANDERO DYNAMIQUE 1.6 8V (106 cv): R$ 42.460.
O carro-chefe da Renault está frequentemente entre os dez modelos mais vendidos e ficou bem mais interessante com a última reestilização. A cabine é bem mais confortável e espaçosa que a dos rivais diretos e o bagageiro leva 320 litros.

FORD NEW FIESTA S 1.5 (111 cv): R$ 45.790
Com linhas que sugerem esportividade e movimento, o hatch compacto caiu rápido no gosto do brasileiro e tem forte apelo junto ao público jovem. O motor 1.5 tem bom torque na cidade. Espaço interno e acabamento não impressionam. No porta-malas, são 281 litros.


PEUGEOT 208 ACTIVE 1.5 (93 cv): R$ 45.990.
Com a extinção da linha 207, o compacto passou a ser o modelo de entrada da marca francesa com fábrica em Porto Real (RJ) e se destaca pelas belas linhas da carroceria e do painel e pelo bom nível de acabamento. Há espaço para 285 litros no compartimento de bagagem.

NISSAN VERSA 1.6 SV (111 cv): R$ 46.490
Com apelo racional e vocação familar, o sedã fabricado em Resende (RJ) carrega 419 litros de bagagem. Como a versão 1.0 S tem consumo parecido e a diferença de preço que a separa da 1.6 SV é de apenas R$ 1.500, é mais vantajoso ficar com a opção de motor mais forte.

CITROËN C3 ATTRACTION 1.5 (93 cv): R$ 47.490.
O C3 agrada pelo desenho harmonioso e pela cabine bem acabada, com teto alto. Nesta versão, já aparecem itens como rodas de liga leve, faróis de neblina e retrovisores externos pintados na mesma cor da carroceria. No porta-malas, cabem 300 litros.


VOLKSWAGEN FOX COMFORTLINE i-MOTION 1.6 (104 cv): R$ 48.560.
A VW reposicionou para cima os preços do Fox, evitando canibalização com o Gol. Por isso, é preciso configurar o hatch com cuidado para não terminar com uma fatura de quase R$ 70 mil. Por R$ 48.560 é possível levar a versão Comfortline com câmbio automatizado. Cabem 260 litros no porta-malas.

FIAT 500 CULT 1.4 8V (88 cv): R$ 48.740.
Pequenino e simpático, o 500 é a opção mais em conta para quem busca um carro de imagem – e não tem filhos. Os 88 cv desta versão de entrada são adequados ao peso do subcompacto. Só não espere conforto para os passageiros no diminuto banco traseiro. E viaje leve: os 185 litros de porta-malas abrigam apenas mochilas e sacolas.

CHEVROLET COBALT LT 1.4 (102 cv): R$ 49.250.
Com porta-malas que carrega até 563 litros, o Cobalt poderia funcionar como depósito. Isso o coloca em ligeira vantagem sobre o Prisma (que também tem versões com motor 1.4), quando se busca um sedã confortável e acessível para levar a família. Não por acaso, tem boa aceitação entre os taxistas.


HYUNDAI HB20S 1.6 (128 cv): R$ 49.265.
O HB20S chama atenção pelo desenho bem resolvido, característica rara entre sedãs derivados de hatches compactos. É também a opção mais potente desta lista, com 128 cv sob o capô. O porta-malas leva 450 litros de bagagem.

HONDA FIT DX 1.5 (116 cv): R$ 49.900.
A Honda quase não entrou nesta lista: a configuração mais em conta do monovolume Fit custa apenas R$ 100 a menos que o teto. Isso por uma versão “pé-de-boi”, equipada com calotas e sem sistema de som. O espaço interno é seu chamariz. Atrás, leva 363 litros de bagagem.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”