Aos saudosos dos modelos da Volkswagen com as siglas de desempenho GT, e posteriormente GTI e GTE, a montadora reviveu a sigla GTX. Contudo, não estamos falando da volta do cupê Sciroco, que flertou com o País, mas nunca chegou ao Brasil. Dessa vez, a designação reestreia no SUV ID.4 para deixá-lo até 90 cv mais potente, mais veloz, com maior limite de velocidade máxima e de quebra, com tração integral.
Por enquanto, o GTX vai conviver com as outras siglas esportivas para carros a combustão e híbridos, como a GTI, GTE e GTD. Por sua vez, o novo SUV adiciona um motor elétrico no eixo dianteiro. Em conjunto, os dois propulsores garantem até 295 cv de potência total, ou seja, 90 cv a mais do que a versão convencional. Assim, a tração também fica mais interessante e muda de traseira para integral.
Além disso, a aceleração de 0 a 100 km/h melhora: de 8,5 segundos, a nova versão faz em 6,2 segundos. Como esperado, a fabricante ajustou o limitador eletrônico de velocidade, que permite ao SUV acelerar até os 180 km/h, ante aos 160 km/h da configuração regular. Número até modesto para quem quiser “voar” nas Autobahnen na Alemanha.
O que segue intacto, no entanto, é o pacote de baterias de 82 kWh do primeiro ID.4. Sob o protocolo de testes WLTP, o elétrico consegue rodar até 480 km sem a necessidade de recarga. Por causa do novo motor dianteiro, o número é ligeiramente menor do que os 499 km de autonomia da variante convencional.
Em uma estação de carga rápida, o elétrico consegue receber em 30 minutos energia suficiente para rodar até 300 km.
Foco no design
Para reforçar o caráter esportivo, o veículo dispõe de carroceria bicolor personalizável. O spoiler e o tejadilho, contudo, sairão de fábrica em tom preto brilhante.
Na dianteira, os faróis recebem a assinatura IQ.Light LED Matrix e os para-choques ganham moldura com espaço para as luzes de neblina em LED. Maiores, as novas rodas de liga leve são de aro 20. Atrás, o emblema GTX estampa a porta traseira. Como na primeira versão do ID.4, as lanternas inteligentes são Full-LED.
Por dentro, bancos dianteiros, frisos do painel e da soleira, bem como o volante recebem a inscrição GTX. O sistema de iluminação já presente no ID.4 é mantido, com a diferença do acabamento em couro na cor X-Blue, com costuras em vermelho no painel e nas portas.
No quesito tecnologia, o painel de instrumentos digital de 5,3 polegadas não muda, assim como o sistema de entretenimento. Ele possui uma tela de 10 polegadas e integração sem fio com Apple CarPlay e Android Auto.
Por fim, a Volkswagen oferece um pacote esportivo que abrange uma suspensão 15 mm mais baixa e direção progressiva esportiva. O segundo pacote opcional Sport Plus adiciona também amortecedores adaptativos DCC.
Concorrerá com o Audi Q4 e-Tron
Fabricado em Zwickau, na Polônia, o SUV esportivo custará € 50.415 na Alemanha, ou seja, R$ 327 mil na conversão direta. Por lá, os interessados poderão receber um abatimento de € 7.500 (cerca de R$ 48 mil), por meio de subsídios do governo para elétricos.
Desse modo, o ID.4 chegará deve chegar ao mercado até o final deste ano mirando seu “primo” Audi Q4 e-Tron. O SUV de entrada da família e-Tron também desenvolve até 295 cv de potência na versão que emprega dois motores. Nos EUA, o preço da configuração ficará por volta dos US$ 50 mil, cerca de R$ 267 mil na conversão direta.
Sigla voltará com força
O que já sabemos até agora, é que o ID.4 será o pioneiro a usar a sigla GTX em modelos elétricos e está longe de ser o último. A fabricante confirmou que o SUV cupê ID.5 também terá sua versão esportiva.