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Especial seguros: motos maiores pagam menos
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Especial seguros: motos maiores pagam menos

Seguradoras costumam vetar motocicletas pequenas por causa do alto índice de furtos, roubos e acidentes

Diego Ortiz

18 de out, 2017 · 4 minutos de leitura.

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BMW K 1600 GT - Foto: BMW
Crédito:

Ter uma moto no Brasil, do ponto de vista de segurança, não é tarefa fácil. Por serem mais suscetíveis a acidentes, furto e roubo, os veículos de duas rodas requerem maior cuidado também na hora da contratação do seguro. Há várias opções disponíveis, mas tudo depende daquilo que o mercado chama de “cilindrada” da moto. Quanto menor for esse número, maior é o risco e, portanto, mais alto será o preço da apólice.

Moto mais vendida do País, a Honda CG é vetada pela maioria das seguradoras. As poucas que oferecem a cobertura cobram até 30% do valor de mercado do modelo, inviabilizando a contratação para boa parte dos proprietários.

Há dois fatores determinantes para o elevado custo dessas apólices. Um é o alto índice de roubo e furto, cujo objetivo é abastecer o mercado ilegal de peças. O outro é o grande número de acidentes de trânsito.

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Por isso os donos de modelos com motores de até 200 cm³ costumam contratar seguros que cobrem apenas casos de roubo e furto e são, quase sempre, acompanhados de serviço de rastreamento. “O tamanho e o tipo de uso influenciam no valor do seguro. Mas não é só isso: tempo de habilitação e local de residência do condutor, por exemplo, interferem na aceitação e na precificação do plano”, afirma a diretora de marketing da corretora Bidu, Marcella Ewerton.

ALTERNATIVAS
Entre as empresas que oferecem esse serviço estão a Ituran e a Suhai. Ambas cobrem apenas casos de roubo e furto. Por isso, são pouco adequadas para quem utiliza a moto para trabalhar, como é o caso dos motofretistas, conhecidos popularmente como motoboys.

Para motos com motor de até 250 cm³, o Ituran com seguro não tem restrição de perfil. Se houver sinistro e a moto não for recuperada, a indenização será de até 90% do valor de mercado. A instalação do rastreador custa R$ 349 e o valor das mensalidades varia de R$ 99 a R$ 139.


Dos clientes que contratam seguros convencionais, a maioria tem motos com motor acima de 500 cm³. Em média, eles pagam prêmio equivalente a 10% do valor do modelo. Ou seja, quem tem uma moto avaliada em R$ 25 mil paga R$ 2.500 de seguro por ano – pode ser dividido em quatro vezes.

Modelos grandes, que rodam principalmente nos fins de semana e em estradas, pagam bem menos proporcionalmente. Para uma Harley-Davidson de R$ 100 mil, por exemplo, o seguro completo sai por cerca de R$ 5 mil. Isso equivale a 5% do valor de mercado da moto.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.