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Harley-Davidson Fat Boy completa 25 anos
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Harley-Davidson Fat Boy completa 25 anos

Ícone da marca norte-americana teve atualização mecânica ao longo do tempo, mas manteve estilo

02 de dez, 2015 · 4 minutos de leitura.

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 Harley-Davidson Fat Boy completa 25 anos
Nos anos 90, modelo Fat Boy fez fama após aparecer em filmes no cinema
Um dos modelos mais tradicionais e vendidos da Harley-Davidson em todo o mundo, a Fat Boy completa 25 anos de mercado. Mesmo sendo jovem perto de outros modelos da marca, como a touring Electra Glide, que existe desde a década de 1960, a custom povoa os sonhos dos motociclistas.

O modelo foi importante para a reconstrução da Harley no final dos anos 80, quando a marca foi recomprada pela família Davidson – da então proprietária AMF. Ela foi uma das motos que deram volume de vendas à marca.

Parte da linha Softail, o modelo tem suspensão com amortecedores escondidos, mas sem perder o charme do visual “rabo duro” (hard tail, em inglês), como eram denominadas as motos que não tinham suspensão traseira. Ela se destaca também pelas rodas fundidas, com furos que continuam até hoje presentes no modelo.

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No lançamento, em 1990, o modelo contava com um motor V2 de 1.340 cm3, alimentado por carburador. Esse propulsor se manteve em linha até os anos 2000, quando foi substituído por um de 1.450 cm3 com injeção eletrônica opcional. O guidom também mudou, oferecendo uma posição mais relaxada e confortável.

Muito do sucesso conquistado pela Fat Boy é creditado à sua aparição em “O Exterminador do Futuro 2”, em 1991, com Arnold Schwarzenegger. Essa exemplar da moto hoje se encontra no museu da Harley, em Milwaukee, nos EUA. Em 2015, em “O Exterminador do Futuro – Gênesis”, a Fat Boy retorna às telas.

Em 2005, o modelo entrou para a lista das motos “preparadas” pela divisão de preparação da marca, a CVO. Recebeu suspensão rebaixada e motor de 1.690 cm3. Havia também uma pintura exclusiva.


Apenas em 2007 o modelo recebeu grandes mudanças, como o motor de 1.584 cm3 com balancins. A transmissão de cinco marchas foi substituída por uma de seis. Isso reduziu a vibração do V2 e tornou a condução mais confortável. A roda dianteira passou de 16” para 17”, facilitando comandos em baixa velocidade.

Para dar um ar mais malvado à Fat Boy, em 2010, surgiu a versão Special, na qual os cromados foram substituídos por peças pretas.

Neste ano, mas já como linha 2016, a Fat Boy passa a trazer sistema de freios com novo cilindro mestre, que reduz o esforço nas frenagens, acelerador eletrônico, que melhora a resposta ao comando do acelerador, e motor V2 de 1.690 cm3 também com balancins. No Brasil, a moto parte de R$ 69.990.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”