Amarok ‘voa’ e se aproxima da S10

Eu acho a Amarok, da Volkswagen, a melhor picape média do Brasil. Muito superior às concorrentes em dirigibilidade e conforto, é também a única com discos de freio nas quatro rodas.

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A Amarok, porém, nunca foi um grande sucesso. Até o ano passado, não conseguia se aproximar do trio formado por Hilux, S10 e Ranger, os modelos do segmento que mais vendem (a Toro é de outra categoria; tem menor porte e usa base de carro de passeio).

Uma das principais razões para isso é a ausência de versão flexível, que as principais concorrentes têm. Apenas com o 2.0 a diesel, a Amarok se voltava a um público mais restrito.

No ano passado, porém, a picape ganhou um novo motor. Com ele, a Amarok não apenas consolidou se consolidar à frente da Ranger. Ela também se aproxima perigosamente da ex-líder S10.

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Detalhe que fez a diferença

No entanto, não foi um motor flexível que ajudou a causar essa efeito. A picape da Volkswagen não ganhou essa opção. O que a linha passou a ter, na verdade, foi um motor a diesel ainda mais potente.

Trata-se do 3.0 turbo V6. Esse propulsor gera 225 cv. E o lado bom é que, com ele, a picape não fica com preço alto ante a concorrência.

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A Amarok V6 parte de R$ 196 mil já com quatro air bags, ar dual zone e bancos elétricos inclusive para o passageiro da frente.

A Hilux (177 cv) custa R$ 200 mil na versão equivalente, SRX. Na GS-R, vai a R$ 207 mil. Nesse caso, a concorrente é a Amarok V6 Extreme, a R$ 206 mil.

A S10 High Country parte de R$ 192 mil. A Ranger Limited começa em R$ 189 mil.

Vendas da Amarok

O bom custo-benefício aliado ao excelente motor levaram a picape da Volkswagen para a briga. Pela primeira vez em um resultado trimestral, o modelo ficou à frente da Ranger.

A margem de vantagem foi baixa. A VW registrou 4.325 unidades vendidas e a Ford, 4.274. A Amarok, com isso, foi a terceira mais vendida do segmento de picapes médias, jogando a Ranger para o quarto lugar.

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Considerando apenas o mês de março, a picape da Volks não ficou muito distante da S10. Foram pouco mais de 300 unidades. Ela teve 1551 emplacamentos, ante os 1.865 da Chevrolet.

Em fevereiro, essa diferença era superior a 600 exemplares e, no ano passado, bem maior que mil. Isso mostra que a Amarok vem descontando vantagem e a vice-liderança pode ser, em breve, algo possível.

Já a líder dispara do segmento é a Hilux, com 3.093 emplacamentos em março e 9.246 no acumulado do ano.

Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

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