Primeira Classe

Londres é a capital mundial dos supercarros

Maior concentração de supercarros do mundo está na cidade britânica

Rafaela Borges

25 de set, 2019 · 8 minutos de leitura.

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Encontro entre Urus e LaFerrari na avenida Park Lane
Crédito: Rafaela Borges

Fiz a diversas pessoas a seguinte pergunta: “com qual local do mundo você associa os supercarros (Ferrari, Lamborghini, Porsche, etc)?” A resposta foi quase unânime: Mônaco. Alguns disseram Itália. Outros, Dubai. Houve até quem respondesse Áustria.

Nenhuma dessas associações está incorreta. Porém, a capital dos supercarros pode surpreender você. Não é Mônaco, nem nenhuma cidade da Itália, nem Dubai. É a boa e velha Londres.

 

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Após divulgação de uma pesquisa do site de experiências de luxo Acitivity Superstore, em 2018, Londres passou a ser conhecida mundialmente como a capital dos supercarros. O estudo mostra que, de todas as fotos de superesportivos publicadas no Instagram, a maior parte é em Londres.


Bentley Bentayga em Belgravia

 

No Instagram, já foram publicadas cerca de 150 milhões de imagens de supercarros, de acordo com a pesquisa. Dessas, 6 milhões são em Londres. É um número que supera Monte Carlo, Los Angeles e Moscou.

Estive em Londres nos últimos dias de agosto, e fiquei impressionada com a diversidade e quantidade de supercarros nas ruas. Porém, diferentemente do que ocorre em Mônaco, por exemplo, eles não estão por todas as partes.


Audi R8 na Sloane Street, em Knightsbridge

 

Em locais como Southwark ou Notting Hill, é tão comum ver supercarros como em qualquer outra cidade cosmopolita europeia – a exemplo de Milão, na Itália, Los Angeles, nos EUA, ou Paris, na França. Mas a coisa muda completamente quando se percorre algumas regiões.


 

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A maior concentração de supercarros está em Knightsbrigde, a região “ostentação” de Londres. Por lá, há a loja de alto luxo Harrods, a rua Sloane (que concentra as marcas mais sofisticadas do mundo) e hotéis requintados como o Bulgari e o Mandarin Oriental Hyde Park (leia aqui a resenha desse hotel).

A pesquisa da Activity Superstore confirma que Knightsbrigde é mesmo o bairro preferido de quem circula com supercarros por Londres. Logo atrás, está a região que fica exatamente ao lado, Belgravia.


 

Modelos da Rolls-Royce são bem comuns em Londres. Este estava ao lado da Oxford Street, um centro de compras mais popular

 


Em seguida, aparece a Park Lane, uma das avenidas que contornam o Hyde Park – e separa o principal parque da cidade do aristocrático bairro de Mayfair. Por ali, estão diversos hotéis, como o Dorchester, que o levantamento aponto como aquele que mais concentra supercarros em seu estacionamento.

Percorrendo Londres, vi diversas máquinas raras de se fotografar em qualquer lugar do mundo. Especialmente juntas. Como um Lamborghini Urus e uma LaFerrari no estacionamento de um hotel na Park Lane – que não era o Dorchester.


Já este Porsche 911 com preparação especial chamava a atenção na rua de compras de luxo Sloane

 

As fotos, identificando os carros e lugares, vocês podem ver ao longo desta reportagem. Todas foram produzidas por mim em minha visita de agosto à cidade.

Supercarros de estrangeiros

O mais inusitado de se notar em Londres são as pessoas que estão ao volante desses supercarros. A maioria é estrangeira, especialmente de países do Oriente Médio e de outros locais da Ásia.


Festival de ‘Lambos’ em uma rua perpendicular à Park Lane

 

Mais que isso: há diversos carros com placas de países do Oriente Médio. Com a ajuda da operação brasileira da Visit Britain, organização que tem o objetivo de promover o turismo no Reino Unido, desvendei as razões desse cenário.


Mercedes-AMG G63 é um dos modelos esportivos mais vistos nas ruas de Londres. Este foi fotografado entre Belgravia e Knightsbridge

 

Em primeiro lugar, Londres é uma das principais capitais financeiras do mundo. Sendo assim, é extremamente cosmopolita em todas as esferas sociais, e lar de endinheirados de todo o mundo – especialmente do Oriente Médio e outros países da Ásia.


 

Encontro entre Nissan GTR e Bentley no hotel Shangri-La, em Southwark

 


Há ainda os turistas provenientes desses países. Em agosto, é comum recorrerem a Londres para fugir do calor de suas regiões nesta época – verão no hemisfério Norte.

Por isso, o mês de agosto é considerado a alta temporada dos supercarros em Londres. Se eles já são muitos, ganham ainda mais número nessa época.

 


supercarros
Encontro entre Ferraris, Lamborghini e Porsche no hotel Dorchester, na Park Lane

 

Atrações turísticas

E vale ressaltar que tirar fotos e observar de perto os supercarros em Londres é uma atitude totalmente natural. Eles já são atrações turísticas na cidade – e até mesmo entre os londrinos.


Seus donos não se sentem incomodados. Na maioria dos casos, até parecem gostar da atenção e da contemplação a seus supercarros. Eles (os carros) merecem.

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Mais um Rolls-Royce, desta vez no One Hyde Park, condomínio residencial de luxo em Knightsbridge

 


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McLaren 570S em frente ao hotel Mandarin Oriental, em Knightsbridge

 

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Lamborghini Aventador em Belgravia

 

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Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.