A concorrência, até aquela que ainda não chegou (leia-se Fiat Cronos), deve estar de cabelo em pé. O novo Virtus fez uma estreia triunfal no ranking de vendas.
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Em sete dias de emplacamentos, aproximadamente, o sedã da Volkswagen somou 1.023 unidades vendidas.
Para começar, esse número o coloca à frente dos dois concorrentes diretos que já estão à venda. De 1º a 23 de fevereiro, o Honda City teve 453 emplacamentos. O Chevrolet Cobalt somou 961 exemplares vendidos no mesmo período.
Outro rival direto será o Cronos, que chegará às concessionárias no início de março. O Virtus brigará também com versões de topo de sedãs um pouco menos sofisticados, como Prisma, HB20S, etc.
SUCESSO IMEDIATO
Os números do Virtus, embora não o coloquem nem na lista dos 20 mais emplacados (até agora), impressionam. Isso porque fevereiro não pode ser considerado um mês completo de vendas do sedã.
O novo Virtus começou a ser distribuído na rede de concessionária no início do mês. Por isso, os emplacamentos começam a ser feitos com atraso ante o de modelos que já estavam disponíveis no mercado.
No caso dos veteranos, são realizados e também entram na conta os emplacamentos de exemplares vendidos nos últimos dias do mês anterior.
Além disso, a campanha do Virtus na TV, algo fundamental para impulsionar as vendas, só começou na semana passada.
Outro fator que surpreende no desempenho do novo sedã é o fato de a Volkswagen não ter realizado programa de pré-vendas.
O Polo, irmão de plataforma do Virtus, também começou muito bem, mas teve pré-venda. Isso sempre ajuda a impulsionar os emplacamentos nos primeiros meses após o lançamento.
Assim, março será o primeiro mês cheio de vendas do novo Virtus. A partir de então, será possível ter um panorama mais real sobre o desempenho do carro no mercado.
Ainda assim, é possível que o novo Virtus suba algumas posições no ranking até o fim do mês (restam quatro dias de emplacamentos: 23, que só será contabilizado na segunda-feira, 26, 27 e 28). Ao que tudo indica, a média diária de emplacamentos do novo Volkswagen está alta. Por ora, apenas entre os carros de passeio, ele já o é 27º colocado.
RIVALIDADE COM O CRONOS
A chegada do Cronos também vai ajudar a definir o destino do novo sedã da Volkswagen. Os dois modelos são rivais diretos.
E, em uma jogada de mestre, a Fiat esperou a VW divulgar primeiro os preços do Virtus, para depois definir os do Cronos. Com isso, acabou lançando uma versão básica cuja tabela é R$ 1.000 mais em conta que a do “irmão” Argo com o mesmo motor (o mais fraco é o 1.3).
Com preço inicial de R$ 53.990, o Cronos é R$ 6 mil mais em conta que o Virtus na versão de entrada. O VW, com motor 1.6, parte de R$ 59.990.
Nas versões de topo (1.8 para o Cronos e 1.0 turbo para o novo Virtus, ambas equipadas com câmbio automático), a diferença vai a R$ 10 mil. São R$ 69.990 para o Fiat e R$ 79.990 para o VW.
VEJA TAMBÉM: 5 RAZÕES PARA COMPRAR E 5 PARA NÃO COMPRAR O NOVO VIRTUS
PARA COMPRAR: DIRIGIBILIDADE
Ao volante, o sedã tem comportamento idêntico ao do Polo, o que significa direção elétrica de respostas rápidas, suspensão bem equilibrada e conjunto mecânico (motor 1.0 turbo e câmbio automático de seis marchas) afinado.
PARA COMPRAR: ESPAÇO
Ocupantes do banco traseiro dispõem de boa área para pernas, graças ao entre eixos de 2,65 metros, 8,5 cm maior que o do Polo.
PARA COMPRAR: ESTILO
O Virtus tem visual harmonioso e moderno. Além de "combinar" com a dianteira, a traseira tem lanternas estilosas (espichadas para as laterais) e queda suave do teto.
PARA COMPRAR: PORTA-MALAS
O bagageiro acomoda 521 litros, ou 221 l a mais que o do Polo. Além de espaçoso, a tampa tem boa abertura, o que facilita a colocação e retirada de objetos.
PARA COMPRAR: TECNOLOGIA
Dependendo da versão, o sedã pode vir com sistema que aplica os freios automaticamente após uma colisão (para evitar a possibilidade de um segundo impacto), além de painel virtual, uma moderna central multimídia e até mesmo um manual cognitivo, desenvolvido em parceria com a IBM.
PARA NÃO COMPRAR: ACABAMENTO
Como o Polo, o sedã Virtus também tem muito plástico rígido no painel e nas laterais, o que transmite uma sensação incompatível com um carro tão moderno e bem desenhado. O carpete no porta-malas é mal-acabado e deixa um buraco aparente, em volta dos suportes da tampa.
PARA NÃO COMPRAR: SIMPLICIDADE NA VERSÃO BÁSICA
O Virtus MSI (a foto refere-se ao Highline), que custa a partir de R$ 59.990, traz de série rodas de ferro (aro 15), coluna de direção sem regulagem de altura e espelhos com ajuste manual. Essa versão vem com motor 1.6 e câmbio manual de cinco marchas.
PARA NÃO COMPRAR: FALTA DE APOIO DE MÃOS
Como o Polo, o Virtus também não oferece apoios de mão no teto, recurso útil especialmente para passageiros mais idosos.
PARA NÃO COMPRAR: PREÇO DA VERSÃO DE TOPO
O Virtus Highline parte de R$ 79.990, e ainda assim esse preço não inclui itens como o quadro de instrumentos virtual, câmera de ré, central multimídia de 8", bancos revestidos com imitação de couro e rodas de 17", entre outros equipamentos.
PARA NÃO COMPRAR: AJUSTE DE BANCO INSUFICIENTE
Mesmo com o banco ajustado para a posição mais elevada, motoristas de menor estatura ainda não encontram a posição ideal de visibilidade.
A diferença de preço pode dar alguma vantagem ao Cronos nessa briga.
Já a favor do Virtus está o belo design, ousado para o segmento. Além disso, ele herda as qualidades de seu irmão Polo. Qual vai se dar melhor? A conferir.
POLO
O Polo vem confirmando, em fevereiro, que caiu no gosto do brasileiro. Pelo segundo mês seguido, o hatch é o quarto carro mais vendido do Brasil.
Com 3.756 emplacamentos de 1º a 23 de fevereiro, o Polo deverá conseguir manter essa posição. Já tem cerca de 400 exemplares de vantagem para o quinto colocado, o Gol.
À frente do Polo estão o líder Onix, o HB20 (que retomou a segunda posição) e o Ka.
Completando seu quarto mês cheio de vendas, o sucesso do Polo já não pode ser atribuída a reflexos da forte pré-venda promovida pela Volkswagen. Ele está realmente vendendo bem.
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