Em seu primeiro mês cheio de vendas, setembro, o Kwid obteve o segundo lugar do ranking de vendas. Não chegou, porém, a deixar a concorrência de cabelo em pé. No mês seguinte, o Renault já havia saído do “top 10” de emplacamentos, mostrando que o sucesso avassalador da estreia não seria sustentável. Com o novo VW Polo, por sua vez, a concorrência já tem motivos para se preocupar.
(Instagram – @blogprimeiraclasse)
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Se o Kwid teve a estreia mais bombástica dos últimos tempos, o novo Polo foi além. No primeiro mês cheio de vendas, novembro, o VW teve um desempenho bem mais discreto que o Renault. Mas, ainda assim, conquistou uma ótima 16ª posição no ranking de vendas.
Em dezembro, o alcance do VW cresceu. O Polo ficou com o 11º lugar no ranking. Então veio janeiro e uma surpresa: o Polo ficou na quarta posição.
Mais que isso: o novato registrou 6.632 emplacamentos. Assim, ficou a cerca de 800 unidades do HB20, terceiro colocado, e a aproximadamente mil exemplares do Ka, o segundo.
Houve pré-venda do Polo, mas, geralmente, essas unidades são entregues nos dois primeiros meses. O desempenho em janeiro, portanto, já pode ser considerado real.
Três meses são um curto período para que um carro alcance seu potencial máximo de vendas. Segundo consultores de mercado, leva pelo menos seis meses para um veículo conquistar a confiança do público e atingir seu topo de vendas – o Fiat Argo é um exemplo desse fenômeno.
Por isso, a Volkswagen já está no lucro. A marca atingiu a meta para o carro bem antes do esperado, e a tendência é crescer mais. No lançamento do Polo, a montadora divulgou que pretendia que o novo produto conquistasse lugar na lista dos cinco mais vendidos do Brasil.
DÁ PARA AMEAÇAR OS LÍDERES?
Com esse cenário, é bem provável que, em breve, o novo Polo seja uma séria ameaça ao HB20 e ao Ka. Afinal, o VW já está próximo dos dois rivais em vendas antes mesmo de atingir seu potencial total.
Por outro lado, janeiro costuma ser um mês atípico. Alguns modelos, por terem conquistado muitos emplacamentos em dezembro, costumam ter desempenho ruim no primeiro mês do ano. Isso pode ter acontecido com Ka e HB20? Pode, sim.
Mas é preciso lembrar que, se nos meses seguintes os dois modelos reagirem, a tendência continua sendo de crescimento nos emplacamentos do Polo. Dá para acreditar, por isso, que o novo Volkswagen é sério candidato à briga pela vice-liderança de vendas em 2018.
As razões? No ano passado, eu preparei uma análise sobre o novo VW Polo. Ao chegar ao mercado, principalmente na versão de topo, o modelo fez o Onix e o HB20 parecerem carros “pré-históricos”.
Aposta da Volkswagen no segmento que se tornou o mais importante do Brasil – o de hatches compactos premium -, o Polo ainda gerava dúvidas à época. Será que ele não era caro demais?
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Em minha opinião, pelo que oferece, o Polo, a partir de R$ 50 mil, até tem preço justo – principalmente nas versões de topo, que são as mais interessantes.
Ainda assim, ele não deixa de ser mais caro que todos os rivais, cujos preços médios iniciais giram em torno de R$ 46 mil.
No entanto, o público parece ter “comprado” a ideia. Afinal, estamos falando de um carro com plataforma e motores modernos, econômico e com soluções tecnológicas inéditas no segmento.
Mas e quanto ao Onix? Por enquanto, o modelo preferido do Brasil pode ficar tranquilo. O Chevrolet continua, como no ano passado, reinando absoluto no mercado. Em janeiro, como nos últimos meses de 2017, vendeu mais que a soma de segundo e terceiro colocados. Foram mais de 16 mil unidades.
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