Nesta semana, o vídeo do Jornal do Carro é sobre o sedã Corolla, da Toyota (veja abaixo). O objetivo foi desvendar alguns dos segredos que fazem do modelo um sucesso absoluto de vendas. Um sucesso tão absoluto que, ironicamente, está carregando a concorrência nas costas.
É até comum um carro levar sua montadora nas costas. Já carregar a concorrência consigo é absolutamente inusitado.
Mas como o sedã Corolla está carregando a concorrência nas costas? Simples. Ele está garantindo a sobrevivência dos sedãs médios.
Esses dois modelos ainda conseguem fazer alguma diferença, embora, diante do sedã Corolla, sejam praticamente irrelevantes. Os demais, no ano passado, não chegaram a 5% do mercado.
Ainda assim, o segmento de sedãs médios teve em 2017, no mercado, a mesma representatividade que tinha no fim da década passada, quando Civic e Corolla estavam praticamente em empate técnico. Além disso, também registrou, no ano passado, relevância semelhante à de 2014, último ano antes da invasão dos novos SUVs compactos (HR-V, Renegade, Creta, Kicks, etc).
Nesses três momentos, a participação dos sedãs médios no mercado foi de 7%. A diferença é a representatividade de cada modelo do segmento. Enquanto em 2009 e 2014 o Corolla tinha cerca de 27%, em 2017 ficou com 43%.
Mas será que o Corolla, então, absorveu os clientes de outros sedãs? Não, ele apenas manteve os seus. Os demais perderam para os SUVs.
VEJA TAMBÉM: OS CARROS MAIS FEIOS DO BRASIL
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SsangYong Actyon
A equipe do Jornal do Carro escolheu os carros que considera os mais feios do País, seja pelo conjunto todo ou apenas por uma parte dele (dianteira, traseira, lateral, interior ou detalhes). A lista privilegiou veículos que estão à venda atualmente, mas há também alguns automóveis do passado recente - para que as marcas se lembrem do erro e não voltem a cometê-los. Um exemplo desse segundo grupo é um marco da feiura automotiva, o Actyon, que deixou de ser oferecido recentemente, quando a SsangYong parou de atuar no País
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Toyota Etios
O carro melhorou por dentro, mas por fora continua praticamente idêntico desde que foi lançado, em 2012. Visual é ponto fraco do carro
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Toyota Etios
O carro melhorou por dentro, mas por fora continua praticamente idêntico desde que foi lançado, em 2012. Visual é ponto fraco do carro
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Toyota Etios Sedan
A versão sedã do Etios também não se salva. A traseira lembra um pouco a do primeiro Renault Logan
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Toyota Etios Sedan
A versão sedã do Etios também não se salva. A traseira lembra um pouco a do primeiro Renault Logan
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Linha Etios
O interior do carro melhorou para a linha 2017. Com elementos digitais, o painel ficou até bonitinho
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Fiat Doblò
O carro já passou por algumas reestilizações, mas seu visual, no estilo "caixa", não é dos mais atraentes
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Fiat Doblò
O carro já passou por algumas reestilizações, mas seu visual, no estilo "caixa", não é dos mais atraentes
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Toyota Prius
Desenho polêmico, muito futurista
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Toyota Prius
Além disso, a dianteira não casa muito bem com a traseira
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Toyota Prius
O interior, porém, compensa a parte externa. É belo e bem acabado
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Mercedes-Benz Classe C
Dizer que ele é feio é polêmico, mas olhe bem: essa traseira não parece um pouco de carros sul-coreanos de gerações passadas? Essa é a opinião de um dos repórteres do Jornal do Carro.
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Mercedes-Benz Classe C
Além disso, como no Prius, o casamento entre traseira e dianteira (que é muito bonita) não é dos mais bem sucedidos
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Mercedes-Benz Classe C
E tem a tela da central multimídia, que parece um tablet mal adaptado, né? Crítica constante nos comparativos do Jornal do Carro, inclusive
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Volkswagen Up!
As linhas são simples e um quadradas também. Com excelente mecânica e boa dirigibilidade, o Up! certamente não tem o visual como o ponto forte
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Volkswagen Up!
O interior do Up! também não é dos mais bonitos
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Renault Oroch
O visual dos modelos da plataforma do Logan melhorou nos últimos anos, mas a adaptação desse desenho a uma picape não ficou boa
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Renault Oroch
O visual dos modelos da plataforma do Logan melhorou nos últimos anos, mas a adaptação desse desenho a uma picape não ficou boa
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Renault Oroch
O visual dos modelos da plataforma do Logan melhorou nos últimos anos, mas a adaptação desse desenho a uma picape não ficou boa
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Renault Oroch
O visual dos modelos da plataforma do Logan melhorou nos últimos anos, mas a adaptação desse desenho a uma picape não ficou boa
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Chevrolet Spin
A lista não ficaria completa sem a presença do Spin, que veio para substituir, ao mesmo tempo, Meriva e Zafira - e, esteticamente, não superou nenhum dos dois modelos
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Chevrolet Spin
A lista não ficaria completa sem a presença do Spin, que veio para substituir, ao mesmo tempo, Meriva e Zafira - e, esteticamente, não superou nenhum dos dois modelos
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Peugeot 307 Sedan
O ponto forte da Peugeot é o estilo, mas, com 307 Sedan, de meados dos anos 2000, a marca não foi feliz
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Peugeot 307 Sedan
A impressão é de que a marca adaptou uma traseira ultrapassada ao hatch 307. Não ficou bom. E o sucesso comercial nunca veio
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Nissan Tiida Sedan
A mesma impressão do 307 vale para o mexicano Tiida Sedan
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Nissan Tiida Sedan
A traseira quadradona não era das mais atraentes
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Chevrolet Agile
O carro lançado em 2009 veio para ficar posicionado acima do Celta, mas não tinha mais méritos que o modelo de entrada
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Chevrolet Agile
O desenho deixava a desejar tanto externa quanto internamente. A chegada do Onix foi determinante para aposentar esse modelo
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Renault Logan
Um dos clássicos da feiura no passado recente dos carros brasileiros é o primeiro Logan, praticamente idêntico ao carro europeu vendido pela marca romena de baixo custo Dacia. O visual atual é bem mais moderno e bonito que o dos primórdios
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Effa M100
O primeiro carro de passeio chinês disponível no País lembrava muito um monovolume de linhas esquisitas. Esteticamente, a impressão inicial dos veículos da China no Brasil não foi boa
Sedã Corolla e os SUVs
Os SUVs compactos tiraram clientes da maioria dos segmentos médios. Nesse grupo estão os sedãs, os hatches e as peruas.
Os hatches e peruas estão desaparecendo. Além de vendas baixas, quase não têm representantes no Brasil. Os sedãs conseguiram manter a participação graças à queda de outros segmentos, e também ao sedã Corolla.
O Toyota, na verdade, manteve seu patamar de vendas, mas avançou no ranking. Em 2017, ficou entre os dez carros mais vendidos do Brasil. Isso porque os emplacamentos de modelos de menor preço caíram bastante. Todo mundo perdeu. O sedã Corolla, não.
Há algumas razões que explicam essa estabilidade nas vendas. Além da confiança depositada pelos clientes no carro (você pode ver os depoimentos no vídeo acima), há cerca de 25% de vendas diretas (bem mais que Civic e Cruze).
E, diferentemente da maioria das montadoras, a Toyota ainda não tem SUV compacto no Brasil. Ou seja: nas concessionárias da marca, o sedã Corolla não tem de competir com um utilitário de preço semelhante (diferentemente do que ocorre com Civic, Cruze e cia).
2018 e nova geração
A Toyota precisa ficar atenta. Neste ano, o Corolla deve perder seu posto na lista dos dez mais vendidos do Brasil. Por enquanto, é 12º.
Além disso, pela primeira vez em anos, a participação dos sedãs médios no mercado brasileiro saiu da casa dos 7%. Por ora, eles têm pouco menos de 6%.