Primeira Classe

O sedã médio que ‘renasceu’ em fevereiro

No mês passado, um sedã médio, o Jetta, conseguiu ficar 'na cola' de Corolla, Civic e Cruze

Rafaela Borges

09 de mar, 2019 · 5 minutos de leitura.

Sedã médio Jetta" >
Sedã médio Jetta
Crédito: Foto: Gabriela Biló/Estadão

O sedã médio Jetta conseguiu se destacar, finalmente, em fevereiro. Até o Corolla está perdendo espaço no mercado de carros em 2019, o que pode indicar que o segmento vai de mal a pior. Afinal, se nem o líder absoluto de vendas está se dando bem, imagine o resto. Um dos motivos da queda do Toyota pode ser a proximidade da chegada da nova geração, no segundo semestre.

É comum, nesse caso, o cliente que quer comprar um zero-km, esperar pelo modelo mais novo. Mas, independentemente do que está ocorrendo com o Corolla em 2019, o segmento de sedãs médios tem cada vez menos representatividade.

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Isso, claro, não é de hoje. Pelo menos desde 2017, só dois modelos ainda sobressaem além do Toyota: o Honda Civic, vice-líder, e o Chevrolet Cruze, terceiro colocado em vendas. Todos os demais vêm tendo vendas pífias, em geral abaixo das 500 unidades por mês.


No mês de fevereiro deste ano, porém, um sedã médio veterano que ganhou nova geração conseguiu, enfim, renascer. Estou falando do Volkswagen Jetta.

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O modelo importado do México foi o único a trazer novidades importantes no ano passado.

Essas novidades, porém, não foram suficientes para dar fôlego ao Jetta. A nova geração chegou ao Brasil no início do segundo semestre de 2018, mas não conseguiu avançar em vendas.

Na segunda metade do ano passado, o sedã fez média mensal de 350 unidades, praticamente a mesma do primeiro semestre. Em janeiro deste ano, os emplacamentos totalizaram 504 exemplares, uma leve melhora, mas ainda longe do que poderia ser considerado ideal.


Sedã médio Jetta em fevereiro

Já mês passado, o Jetta somou 1.248 unidades emplacadas. Ou seja: o Volkswagen entrou no clube dos sedãs médios com vendas acima de mil exemplares.

Além disso, ele ficou muito próximo ao terceiro colocado, o Cruze. O Chevrolet registrou 1.463 unidades vendidas no mês passado.

Já o vice-líder, Honda Civic, teve 2.153 unidades vendidas, ante 3.359 do primeiro colocado, Corolla.


Razões do crescimento

As vendas diretas (para empresas, frotistas e taxistas, entre outras categorias) representaram 58,1% dos emplacamentos do Jetta em fevereiro, o maior percentual entre os quatro sedãs médios com desempenho relevante.

No caso do Cruze, 54,2% das vendas são diretas, enquanto no Corolla essa categoria represente 25,8%. No caso do Civic nada mudou – a Honda praticamente não trabalha com essa modalidade de negócio.

Mas não são apenas as vendas diretas que impulsionaram os emplacamentos do sedã médio Jetta. Na virada do ano o modelo ganhou uma nova versão de entrada, com preço de R$ 100 mil. Até então, havia apenas a Comfortline, a R$ 110 mil, e a R-Line, por R$ 120 mil.


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