O Jetta 2019 mudou completamente na comparação com o 2018. O sedã médio veio do México em nova geração, lançada no terceiro trimestre do ano passado.
Porém, as mudanças não surtiram efeito imediato em vendas. Tomando como base o início de 2018, em fevereiro, o Jetta obteve 450 emplacamentos, e em março 350.
Em novembro, mês cheio de emplacamentos do Jetta 2019, as vendas foram de 387 exemplares. Em dezembro, somaram 404 unidades. Ou seja: nada mudou.
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De olho em uma ampliação nas vendas do carro, a Volkswagen lançou no fim de 2018 uma nova versão para o Jetta 2019. De entrada, custa R$ 100 mil. Até então, havia a Comfortline de R$ 110 mil e a R-Line, a R$ 120 mil.
Mas será que vale a pena comprar o Jetta? Depende do perfil do consumidor. Ele pode se adequar perfeitamente a você, ou não.
Abaixo, para ajudar na decisão de compra, listamos por que você deve comprar o Jetta 2019. Ou não comprar.
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Jetta 2019: por que comprar
A versão R-Line, aquela de R$ 120 mil, vale a pena. A comparação principal em equipamentos é com o Civic topo de linha, Touring, que custa cerca de R$ 7 mil a mais e é a única com motor 1.5 turbo na gama do Honda.
Mesmo sendo mais potente (173 cv, ante 150 cv do Jetta), o Civic tem motor só a gasolina. Ponto para o VW, que é flexível e pode usar também etanol.
O preço do Jetta 2019 R-Line ocupa a mesma faixa que o do Corolla topo de linha, Altis, que é bem menos equipado.
No Jetta 2019 R-Line há algumas tecnologias que os concorrentes não têm. Um dos exemplos é o painel totalmente virtual e configurável. Na categoria de sedãs médios (excluindo os de marcas de luxo), nenhum modelo traz essa tecnologia completa.
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Mais uma vez, é o Civic Touring que mais se aproxima do VW. Ele tem painel de instrumentos parcialmente virtual.
Outra exclusividade do Jetta 2019 R-Line é o controlador de velocidade adaptativo. Além disso, o carro anda muito bem e seu motor, turbo, é econômico para um carro de 150 cv.
Esse motor está em todas as versões, enquanto o Corolla só traz propulsores aspirados, e o Civic só tem turbo na topo de linha.
A central multimídia do Jetta é a mais moderna do segmento. Sensível na medida certa e fácil de usar, ela traz espelhamento e visual moderno.
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Por que não comprar
A versão Comfortline não tem vantagens como a R-Line. Na comparação com o Cruze equivalente, LT, que sai a R$ 98 mil, aproximadamente, é R$ 12 mil mais caro.
O Toyota Corolla XEi, também rival, sai por cerca de R$ 106 mil. Só o Honda Civic EXL se aproxima em preço, por cerca de R$ 109 mil.
Além disso, para quem faz questão de um carro com suspensão independente nas quatro rodas, agora só resta o Civic no segmento de sedãs médios. O Jetta 2019 passou a trazer sistema traseiro por eixo de torção.
Outra perda do Jetta de nova geração foi o câmbio, que era automatizado de duas embreagens, mais moderno que o atual automático convencional.
Mesmo a versão R-Line tem lá seus problemas. Apesar de ser bem completinha, não traz ajuste elétrico do banco do motorista. Esse item é de série no Civic e no Corolla mais caros, e opcional no Cruze.
E a nova versão?
O modelo de entrada não tem preço competitivo. O Civic automático mais simples (e equivalente ao Jetta 2019 básico), Sport, sai por R$ 99 mil (com suspensões independentes). Porém, seu motor é aspirado e o do Jetta é turbo.
Já o Corolla de entrada sai por cerca de R$ 91 mil, mas traz um motor 1.8 10 cv menos potente que o do Jetta, além de aspirado.
Já o Cruze investe só em versões mais completas. Mesmo sendo rival da Comfortline, a LT é mais barata que a básica do Jetta 2019.
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