Primeira Classe

Toscana de carro: como evitar perrengues

Confira dicas para não se dar mal em uma viagem de carro pela Toscana

Rafaela Borges

11 de set, 2019 · 7 minutos de leitura.

Viagem de carro Toscana" >
Cuidado com os postos 'self service'
Crédito: Rafaela Borges

Este é o segundo capítulo de minha série sobre viagem de carro pela Toscana. Considero-me experiente quando o assunto é fazer turismo em uma viagem de carro. Mas, na Toscana, passei alguns perrengues. O lado bom? Aprendi com os erros, e agora posso ensinar a vocês.

A primeira regra: o centro de Florença não é base de road trip. Em primeiro lugar, você não pode circular de carro por lá. Exceção: se estiver hospedado em um hotel do centro, mas apenas para chegar e sair. Você pode explicar isso às autoridades, se for interpelado em uma fiscalização.

Porém, seu GPS não sabe disso. Nem o do carro, nem o Waze ou o Google Maps. O sistema não leva você até seu hotel, pois não entende aquelas áreas como ruas abertas à circulação de carros. Você vai ter de se virar, se tiver coragem.

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Para piorar, muitas ruas são estreitas. Em outras, há dezenas de pessoas circulando. É um perrengue e tanto.

Para piorar, os estacionamentos são caríssimos. A diária mais barata que encontrei no centro? 24 euros.

O que fazer, então? Você pode ficar em um hotel fora do centro, com estacionamento gratuito e trânsito de automóveis livres. Ou pode alternar esse tipo de hotel com um no centro, antes de pegar ou depois de devolver o carro.


Pode ainda optar por duas bases: uma no centro de Florença  (uma cidade para explorar a pé) e outra em Siena, Arezzo ou Cortona, por exemplo,  para a road trip de fato (leia detalhes aqui).

 

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Cuidado com os caminhos na Toscana

Estude bem seus caminhos. É desesperador decidir jantar em uma cidade e descobrir, apenas na hora de ir embora, que ela está a mais de uma hora de sua base, apesar de a distância ser apenas 40 km.


Os tempos de viagem na Toscana são mais longos do que a quilometragem dá a entender. O ideal é usar sempre a rodovia principal, de pista dupla, sem pedágios e com máxima de 90 km/h.

Porém, dependendo do local em que você estiver, pode não valer a pena usar a rodovia. Nesse caso, o jeito é ir pela pista simples, em alguns casos muito estreita, em outros poucos, mal pavimentada.

 


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Daí a importância de estudar o caminho antes de tomar decisões. Está hospedado em Cortona, mas quer jantar em Montalcino? Esqueça: a viagem vai levar mais de uma hora. Algo horrível à noite, quando já bate a exaustão de um dia de passeios.


Use o GPS do carro e o do celular. Eles podem mostrar caminhos diferentes. Por isso, tenha sempre internet. Não compre aqui no Brasil. Na Itália, você paga 25 euros na Tim por um plano de 20 GB. Dá e sobra, mesmo que você use a franquia para o Netflix.

Internet é essencial

Além de possibilitar o uso do GPS, a internet vai prover informações importantes que você dificilmente conseguirá na região, a não ser que fale italiano. Na Toscana, é difícil a comunicação em qualquer idioma que não seja o local. E isso pode ocorrer até em hotéis.

Eles se esforçam, é claro. Porém, quando a informação precisa de explicações mais complexas, a coisa complica. Aí, só a internet salva. Não ter acesso à rede é uma economia sem sentido.


Postos de combustíveis

Cuidado com os postos de combustível sem atendimento humano. Se algo der errado, você dificilmente conseguirá o reembolso. Mesmo que o posto seja self service (e é até legal, pois não temos a possibilidade de abastecer nossos carros no Brasil), opte por um com loja.

Nesse caso, se algo der errado, há a quem recorrer. Além disso, as lojas de postos de combustíveis costumam ter vinhos muito bons a preços incríveis. Exemplo: Brunello di Montalcino (de alta qualidade) a 20 euros. Em todos os demais locais, o mais em conta que encontrei custava 37 euros.

Dicas sobre pedágios

Quanto aos pedágios, fique de olho no alto da cabine. Só vá àquela que tiver sinal de notas de dinheiro e moeda. Se houver sinal de mão, melhor ainda. Significa que há atendimento humano.


Evite as cabines que só aceitam cartão de crédito. Como o brasileiro geralmente necessita de senha, costuma não ser aceito. Aí, é uma confusão e tanto.

A boa notícia é que você só terá de passar por pedágio se incluir outra região em sua road trip pela Toscana. No meu caso, parti de Roma, e a capital italiana também foi meu ponto final.

Se você for viajar só pela Toscana, no entanto, não há pedágios.


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