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Ford concretiza a venda da fábrica de São Bernardo do Campo
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Ford concretiza a venda da fábrica de São Bernardo do Campo

A Ford anunciou neste sábado (31) que concluiu a venda da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) para a... leia mais

Redação

31 de out, 2020 · 5 minutos de leitura.

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ford
Fábrica da Ford no Brasil, onde eram produzidos caminhões e o Fiesta, agora pertence a construtora
Crédito:Rahel Patrasso/Reuters
fábrica da ford

A Ford anunciou neste sábado (31) que concluiu a venda da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) para a Construtora São José e para a FRAM Capital, empresa de gestão de recursos. A transação para venda da planta da Ford é resultado de um processo que começou no ano passado. Antes de fechar negócio, houve outros compradores potenciais. De acordo com a Ford, as duas empresas apresentaram “a melhor alternativa para a planta e para a região”.

De acordo com o comunicado da montadora, a empresa vinha dando prioridade para “projetos que melhor atendessem às necessidades da região”, diz Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul e Grupo de Mercados Internacionais.

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Nova dona da fábrica da Ford atua em várias áreas da construção

Atualmente, a Construtora São José atua tanto no mercado de imóveis residenciais de alto padrão como na área comercial. Segundo o site da empresa, fazem parte do portfólio da construtora obras como o hotel Holliday Inn do Anhembi, o Hospital São Luiz do Morumbi, o edifício comercial Vista Verde Offices, todos em São Paulo. E o hotel Hyatt Place de São José do Rio Preto. Ainda assim, fora da capital paulista, a empresa também tem empreendimentos em diversas cidades do Brasil.

O fechamento do negócio com a construtora São José representou uma guinada nas negociações. No início de setembro do ano passado, a Ford esteve muito perto de concretizar a venda para o Grupo Caoa.

Caoa esteve perto de fechar negócio

Na época, a empresa pretendia produzir no local automóveis da chinesa Changan. Em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, no dia 3 de setembro, pelo menos dois representantes da marca chinesa participaram de um encontro que teve a presença do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Um deles, que preferiu não se identificar, deixou escapar que havia uma comitiva da empresa no Brasil acertando os detalhes da parceira.


Além de João Doria, o encontro contou com a presença dos presidentes da Ford América Latina, Lyle Watters. E do Grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade. O empresário brasileiro chegou a confirmar que pretendia usar a fábrica do ABC para fazer carros “de uma marca chinesa”, sem citar qual. Contudo, logo após o fim do evento, Andrade saiu do local rapidamente, sem falar com os jornalistas. Questões sindicais podem ter emperrado as negociações.

A Caoa produz no País modelos da chinesa Chery em Anápolis (GO) e Jacareí (SP). Além disso, também na planta goiana, o Grupo monta modelos da Hyundai.

Afora as atividades fabris, a Caoa representa no Brasil a marca japonesa Subaru, e é uma tradicional revendedora Ford.


Em Jacareí são feitos os sedãs Chery Arrizo 5 e 6 e o SUV compacto Tiggo 2. Em Goiás são feitos modelos da Hyundai (o caminhão HR e os SUVs ix35 e New Tucson), além dos SUVs Caoa Chery Tiggo 5X, Tiggo 7 e Tiggo 8.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.