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Reciclagem de veículos: só se houver inspeção
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Legislação

Reciclagem de veículos: só se houver inspeção

Segundo especialista, projeto de lei (vetado pela presidente Dilma) para disciplinar desmanche de veículos para comercialização de componentes tinha alguns pontos não esclarecidos. Como quem determinaria a viabilidade da utilização das peças

09 de abr, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Reciclagem de veículos: só se houver inspeção

LUÍS FELIPE FIGUEIREDO

No início do ano a presidente da República Dilma Rousseff vetou o projeto de lei 345/2007, que havia sido aprovado pelo Senado em dezembro. O objetivo da lei era disciplinar o desmanche de veículos para comercialização de componentes.
Se aprovada, a proposta poderia dar início ao processo de reciclagem de carros – o que beneficiaria o meio ambiente, com descarte adequado de peças de veículos. Outra possibilidade seria a redução do preço das apólices de seguros, segundo especialistas.

“O reaproveitamento dos componentes é importante, especialmente para o meio ambiente, mas não se pode deixar de lado os critérios técnicos”, afirma o coordenador da Comissão de Reciclagem da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Harley Bueno. “O problema é que no Brasil os carros são tirados de circulação sabe-se lá em que estado.”

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Bueno explica que há três níveis para avaliar a gravidade da colisão de um veículo: pequena monta (o automóvel roda normalmente), média (há problemas de deslocamento) e grande (carro destruído). Segundo ele, no projeto havia alguns pontos não esclarecidos, como, por exemplo, quem determinaria a viabilidade da utilização das peças. “Ainda não há consenso.”

O especialista diz que há estudos para criar um meio-termo entre o modo argentino (em que há uma lista com cerca de 35 itens que podem ser aproveitados) e o europeu – estabelece os que não podem ser reutilizados. “Freios, air bags e cintos de segurança são excluídos.”

Para Bueno, o processo de reciclagem seria ideal como complemento à Inspeção Técnica Veicular. Prevista no Código de Trânsito Brasileiro, de 1998, ainda não foi implementada. “Seriam veículos efetivamente em uso que, por alguma razão, não podem mais rodar. Esses são mais seguros de ser reciclados. É o que ocorre na Espanha.”


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