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Bateria líquida para carros pode garantir autonomia de 50 mil horas
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Bateria líquida para carros pode garantir autonomia de 50 mil horas

Tecnologia que não polui o ambiente se baseia na produção de eletricidade por meio de eletrólitos alterados em nível molecular

Redação

27 de abr, 2017 · 3 minutos de leitura.

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Crédito:nano_Flowcell

A empresa suíça nano_Flowcell é criadora de um ambicioso projeto: uma bateria com 50 mil horas de autonomia, o suficiente para alimentar um carro se movendo com velocidade média de 45 km/h por 2,25 milhões de quilômetros.

Essa “mágica” funciona a partir de uma célula de energia alimentada por um solução que contém sais orgânicos e inorgânicos alterados em um nível nano molecular e dissolvidos em água, batizada de bi-ION. A modificação permite que as moléculas “reorganizadas” tenham uma densidade elétrica maior, ou seja, elas “rendem” mais do que os componentes de uma bateria de íon de lítio, presente na maioria dos dispositivos eletrônicos.

Dentro da célula, o líquido é divido em uma carga positiva e uma negativa, separadas por uma membrana. A partir dessa configuração, uma reação de oxidação faz a conversão de energia química em elétrica. Ao contrário das baterias comuns, a nano_Flowcell neutraliza a solução e impede que ela possa ser recarregada, fazendo do reabastecimento algo obrigatório.

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nano_Flowcell
nano_Flowcell

Para evitar desperdício de energia, a célula de energia que desencadeia a reação que converte a bi-ION só fica ativa enquanto o carro está se movimentando. O líquido usado passa por um filtro, responsável por separar os sólidos presentes nele e com resistência para aguentar 10 mil quilômetros de rodagem, e volta ao meio ambiente em forma de água.

De acordo com a empresa, todos os produtos químicos são neutralizados ao longo do processo de fabricação da solução e os resíduos podem ser reaproveitados. Ainda segundo a nano_Flowcell, a matéria-prima usada para a produção da bi-ION pode ser encontrada em quase todos os lugares do mundo e não está sujeita a qualquer restrição política ou econômica. Ou seja, ela seria menos poluente e agressiva do que o uso de combustíveis fósseis.


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