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Passageiro sem cinto aumenta 50 vezes de peso se for arremessado em colisão
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Passageiro sem cinto aumenta 50 vezes de peso se for arremessado em colisão

Uma pessoa de 75 kg é lançada com força de 3 mil kg em colisão a 64 km/h, aponta pesquisa

Redação

23 de nov, 2017 · 3 minutos de leitura.

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Divulgação
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Um ocupante de veículo sem o cinto de segurança pode ser arremessado à frente com uma força até 50 vezes maior do que seu peso. Quanto maior a velocidade do carro no momento do impacto, maiores serão o impulso e os danos causados aos passageiros. É isso que mostra um estudo realizado pelo CESVI (Centro de Experimentação e Segurança Viária) com a seguradora MAPFRE.

Uma pessoa de 75 kg, por exemplo, é lançada com uma força de 3 mil kg se o automóvel estiver a 64 km/h. E mesmo a uma velocidade baixa, de 15 km/h, o peso deste ocupante já se torna oito vezes maior, indo a 600 kg no momento do impacto.

Os objetos no interior do veículo também devem ser motivo de preocupação. Quando arremessado em uma colisão a 64 km/h, um celular de apenas 150 gramas atinge o peso de 6 kg. Já um notebook de 2kg é arremessado com uma força de 80 kg.

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O coordenador técnico do CESVI/MAPFRE, Alessandro Rubio, adverte para a maior negligência dos passageiros do banco traseiro, que se preocupam menos em usar o cinto do que o motorista e o carona. Para ele, isto acontece “devido à falsa sensação que as pessoas têm de que serão protegidas pelos bancos da frente e não correm risco de sofrerem graves lesões ou de serem arremessadas do carro, no caso de uma colisão”.

Cintos de três pontos

No Brasil, ainda é permitido fabricar veículos com cinto de dois pontos (ou subabdominal) para o passageiro traseiro central. Porém, a partir de 2020, todos os automóveis deverão sair de fábrica com o cinto de três pontos para todos os ocupantes, conforme determinado por uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito). Comparado ao de dois pontos, o dispositivo minimiza as possíveis lesões que os passageiros possam sofrer em caso de colisão.

Veja também: Multas por falta de uso de cinto de segurança despencam em SP


 

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

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26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.