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Veja preços, equipamentos e como anda o novo VW Virtus
Avaliação

Veja preços, equipamentos e como anda o novo VW Virtus

A partir de R$ 59.990, VW Virtus tem motores 1.6 e 1.0 turbo, câmbios manual e automático e três versões de acabamento

Hairton Ponciano Voz

22 de jan, 2018 · 10 minutos de leitura.

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vw virtus
VW Virtus
Crédito:

Sentado no banco de trás do Virtus, o assessor de imprensa da VW resumiu os atributos do novo sedã aos jornalistas que ocupavam os assentos dianteiros, durante a viagem de avaliação: “Aí na frente, vocês estão em um Polo. Eu estou no Virtus”. A síntese é precisa. Até a metade, o sedã é idêntico ao hatch do qual deriva, tanto na aparência quanto em dirigibilidade. Da coluna central para trás, tudo muda.

Enquanto conferíamos o bom desempenho do motor 1.0 TSI, de três cilindros com turbo, que gera 128 cv, o funcionário da marca ia bem acomodado no banco traseiro, graças ao amplo espaço para pernas.

O Virtus tem 2,65 metros de entre-eixos, ou 8,5 cm a mais que o Polo. Isso resultou em área adicional para quem vai atrás. No sedã, os joelhos ficam bem mais longe do banco dianteiro do que no hatch.

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Da mesma forma, há muito mais espaço para bagagens. O porta-malas tem 521 litros de capacidade, 221 l a mais que o do Polo (300 l). Isso é resultado dos 4,48 m de comprimento, ou 42,5 cm a mais que o hatch.

O novo sedã, feito em São Bernardo do Campo (SP), chega às autorizadas nesta semana em três versões. A MSI tem tabela a partir de R$ 59.990 e vem com motor 1.6 de quatro cilindros e até 117 cv. A Comfortline (parte de R$ 73.490) e a Highline (R$ 79.990) têm propulsor 1.0 turbo de 128 cv, como o do carro avaliado.

O 1.6 funciona em conjunto com o câmbio manual de cinco marchas, o 1.0 turbo (TSI) trabalha em sintonia com a transmissão automática de seis marchas. Ao contrário do Polo, o sedã não terá opção 1.0 aspirada. A explicação está no fato de que o sedã é mais voltado às famílias. Por isso, em tese, leva mais gente e mais bagagem.


Assim como o Polo, o Virtus tem acabamento simples e muita tecnologia. Os plásticos rígidos não agradam ao tato. A tampa do porta-luvas, sem nenhum tipo de amortecimento, despenca quando é aberta.

Como no “irmão”, não há alça no teto para a mão. E o carpete em volta dos suportes do acabamento da tampa do porta-malas, sem nenhum cuidado, deixa até fios aparentes. Chega a ser um contraste diante da carroceria bem desenhada.

O sedã tem estilo com muito mais personalidade do que o próprio Polo. Nas ruas, o hatch praticamente não chama atenção, e, quando é notado, chega a ser confundido com o Gol, embora a comparação seja injusta.


O Virtus tem visual mais moderno que o do Voyage, e dimensões próximas às do Jetta da geração antiga. Os dois têm a mesma distância entre os eixos, mas o porta-malas do Virtus é maior (no Jetta, são 510 l).

Além disso, como no Polo, o encosto do banco dianteiro pode ser totalmente rebatido para a frente, o que permite levar objetos compridos. O dispositivo, porém, é um opcional da versão Highline.

DESAFIO

“Sedã é o carro mais difícil de desenhar”, afirma o chefe de design da Volkswagen do Brasil, José Carlos Pavone. O desafio, segundo ele, é que o porta-malas precisa ser grande e o teto deve ser mais alto em relação ao do hatch, para não comprometer as proporções.


Em resumo, nem sempre forma e função andam juntas em modelos de três volumes, mas o carro desenvolvido conjuntamente pelas equipes de estilo do Brasil e da Alemanha apresenta estilo harmonioso entre frente, laterais e traseira. As linhas são modernas e as lanternas bem desenhadas lembram as do Audi A3, além de invadirem as laterais, como no A4.

ANDANDO

Em movimento, os 50 kg a mais em relação ao Polo não fazem diferença. A suspensão foi recalibrada, e na pista de testes o sedã mostrou o mesmo comportamento equilibrado do hatch em curvas. A direção com assistência elétrica é precisa e a suspensão garante estabilidade e conforto, mesmo sobre pavimentação irregular.

De acordo com o vice-presidente de vendas e marketing da VW, Gustavo Schmidt, a versão MSI (1.6 com câmbio manual) deverá responder por 25% das vendas do sedã. Por isso, neste primeiro contato havia apenas as opções intermediária e de topo, que vão representar 75% das vendas.


O Virtus é o primeiro VW a ter manual cognitivo, sistema desenvolvido em parceria com a IBM capaz de interagir com o usuário para tirar dúvidas sobre o carro. Em breve, o dispositivo passará a ser oferecido em outros modelos da marca.

VERSÃO DE ENTRADA É BEM DESPOJADA

O Virtus disputará mercado com uma ampla gama de sedãs, que vai do Chevrolet Prisma ao Honda City. A maior expectativa deverá ser a concorrência com outro novato, o Fiat Cronos, que também está chegando. Por isso, além da plataforma moderna e do visual estiloso, o VW tem vários equipamentos, principalmente nas versões intermediária (Comfortline) e de topo (Highline).

Feita para brigar com os sedãs mais acessíveis, a versão MSI é a mais despojada da linha. Ela tem quatro air bags, vidros elétricos, regulagem de altura do banco do motorista, computador de bordo, sistema Isofix de fixação de assento infantil e suporte de celular. Porém, não há ajuste de coluna de direção, rodas de liga leve e ajuste elétrico para os espelhos, por exemplo. As rodas de 15” são de ferro.


A partir da Comfortline, o sedã traz de série equipamentos como freio a disco nas quatro rodas, controle de estabilidade, banco traseiro bipartido, volante com comandos do som e rodas de liga leve (15”).

A Highline é a única a oferecer o quadro de instrumentos virtual (Active Info Display) e como opcional. O dispositivo é configurável, reproduz o mapa do navegador GPS e muda o tamanho dos mostradores. A tela tem dez polegadas. Outros opcionais são câmera na traseira, central multimídia com tela de 8”, bancos com revestimento que imita couro e rodas de 17”.

De série, a Highline tem porta-luvas refrigerado, luzes de LEDs de uso diurno e faróis de neblina com função direcional (acompanham o ângulo das curvas). Há ainda aletas no volante para trocas manuais de marcha e rodas de 16”, entre outros itens.


PRÓS E CONTRAS

PRÓS: DIRIGIBILIDADE

O sedã se comporta como o Polo. Tem rodar silencioso, direção precisa e boa estabilidade em curvas.


CONTRAS: ACABAMENTO

Alto nível de tecnologia da versão de topo disfarça itens como os plásticos duros no painel e nas laterais.

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