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Aceleramos a nova Harley-Davidson Roadster 1200
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Aceleramos a nova Harley-Davidson Roadster 1200

Harley Roadster 1200 mostra ótimo torque, mas suspensão muito dura cansa em trajetos longos

22 de mar, 2017 · 4 minutos de leitura.

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 Aceleramos a nova Harley-Davidson Roadster 1200
Harley-Davidson Roadster

As motos da Harley-Davidson são vistas pelo público e pelos seus compradores como veículos para passear, sem destino e sem pressa, aumentando a plumagem das asas da liberdade. Mas é de uma outra vertente da marca, das corridas de Flat Track (amadoras, em circuito curto) nos Estados Unidos, que deriva a mais nova Harley por aqui, a Roadster.

Vendida por R$ 48.600, ela é uma devoradora de asfalto, criada para acelerar forte, pegando impulso em seu excelente torque de 9,6 mkgf a 4 mil rpm. Esse número é entregue por um motor derivado do esquentadinho Evolution, de 1.202 cm³, da XR 1.200. Mesmo pesando 250 kg, a motocicleta consegue entregar uma desenvoltura que agrada – no uso urbano quase não é necessário passar da terceira marcha, nem para cima e nem para baixo, em nenhuma ocasião.

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O câmbio de cinco marchas é um pouco duro na hora das trocas no pé, mas no manete da embreagem, nem tanto. A mesma dureza, em dobro, é vista nas suspensões de 114,3 mm na dianteira e 81,28 mm atrás. Nessa Harley, o piloto sente todas as imperfeições do solo, o que gera desconforto.

A posição de pilotagem não é tão inclinada quanto parece e não incomoda em trajetos curtos. Mas o lugar das pedaleiras requer costume na hora de estacionar ou parar no semáforo, já que elas são longas e ficam bem na posição em que o piloto costuma colocar o pé no chão. No início, é preciso ter cuidado para não se enroscar e tombar a moto.

O guidom é curto e bom para passar entre os carros – e um pouco mais elevado que na “Forty-Eight”. O ângulo de inclinação das bengalas também é melhor, permitindo atacar mais as curvas. Porém, a impossibilidade de encaixar as pernas no tanque de combustível acaba limitando uma condução mais intrépida.


O painel é moderno sem abandonar o clássico. É redondo, com conta-giros analógico e velocímetro e marcador de marchas digitais. O banco, com furinhos simulados, dá um charme, assim como uma espécie de armadura para os escapes cromados.

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