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Novo HB20 chega em setembro e não será outra geração

Hyundai vai usar a plataforma atual no próximo HB20 e vai focar todo o seu desenvolvimento na parte visual do carro

Diego Ortiz

18 de fev, 2019 · 3 minutos de leitura.

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Hyundai Saga
Crédito: Crédito: NILTON FUKUDA/ESTADÃO

Modelos de volume costumam ganhar uma reestilzação a cada dois anos e meio e depois uma nova vida com uns cinco anos de mercado. Mesmo para esse prazo, a Hyundai já estaria atrasada com o HB20, que foi lançado há quase sete anos. Porém, a marca decidiu que vai mudar apenas o que precisa mudar e o novo HB20 não será uma outra geração. Vai ser alvo apenas de uma grande mudança visual.

O estilo será similar ao do conceito Saga, que a marca mostrou no Salão do Automóvel de 2018 disfarçado de mini-SUV. A plataforma, porém, será a mesma, a PB, que vem dando conta do recado no modelo atual e realmente não precisaria ser mudada. A marca fará o contrário do que fez a Ford com o novo EcoSport.

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Motores do novo HB20 ainda estão indefinidos

Sobre os motores, a Hyundai bateu o martelo apenas sobre a versão 1.6 Flex de de até 128 cv. O 1.0 Gamma turbinado está com “problemas” de fechar a conta e por isso a marca ainda não decidiu se vai mesmo usá-lo. Pesquisas com clientes estão sendo feitas para saber da importância da adoção do motor turbinado, porque isso representaria uma significativa perda de lucratividade.

Mesma plataforma significa mesmo espaço interno e bagagens. Diante da nova geração do Onix, que vai crescer de tamanho, isso é uma preocupação da marca, segundo a fonte ouvida. Por isso, o foco total será no visual, para continuar conquistando mais por razões emocionais que racionais.


O HB20 completa sete anos de mercado em setembro. A Hyundai vai usar esta data para lançar o novo carro, com a produção pronta para ser iniciada no dia 26 de agosto e vendas a partir de 16 de setembro.

Veja mais: Veja a nacionalidade das montadoras

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”