Primeira Classe

Compass: razões para comprar e não comprar

SUV Jeep Compass tem variedade de versões e deixa a desejar em espaço e porta-malas

Rafaela Borges

14 de mar, 2019 · 6 minutos de leitura.

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Jeep Compass
Crédito: Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Ele foi o SUV mais vendido do Brasil em 2017 e 2018, considerando todas as categorias. Este ano, está perdendo até para o compacto Renegade. Porém, o modelo médio continua disparado à frente dos rivais do mesmo segmento. Estamos falando do Jeep Compass.

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Enquanto os outros SUVs médios dificilmente se aproximam dos mil emplacamentos por mês, o Compass já passou diversas vezes dos 5 mil. Mas quais são os rivais do modelo da Jeep?


Como ele tem boa diversidade de versões, com preços de R$ 113.990 a R$ 193.990 (topo de linha completo, com todos os opcionais), a lista de concorrentes é ampla. Há desde modelos mais antigos com dimensões semelhantes (ix35, ASX, RAV4 e Sportage), até novos e maiores.

Nesse segundo grupo estão o Volkswagen Tiguan e o Chevrolet Equinox, principalmente, mas também o novo Honda CR-V e o Peugeot 3008. Mas por que você deveria comprar o Compass? E por que não deveria comprar? Listei alguns aspectos que julgo serem relevantes. Veja abaixo.

 


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Razões para não comprar

Uma das principais razões para não comprar o Compass é espaço, ainda mais agora que o segmento começa a ter modelos com mais porta-malas e entre-eixos. O Tiguan de R$ 125 mil (R$ 128.990), por exemplo, oferece mais amplitude no exterior e porta-malas incríveis 710 litros pelo mesmo preço do Compass mais vendido, o Longitude flexível (R$ 127.990).


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O entre-eixos do Jeep é de apenas 2,63 metros. Essa dimensão é importante para determinar o espaço interno. Seus rivais mais modernos têm a partir de 2,70 metros.

E por falar em porta-malas, esse é o grande pênalti do Compass. É um compartimento menor que o de alguns SUVs compactos, pois tem apenas 410 litros (menor que do HR-V e do Creta, por exemplo).

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O motor 2.0 flexível também não impressiona. Ele tem 166 cv, o que pode não parecer pouca coisa. Mas é, pois estamos falando de um carro muito pesado (1.541 quilos). Em relação ao torque, ok, mas sobre a potência, não justifica a crítica, pois o Tiguan tem 16 cv a menos e é mais de 20 kg mais pesado.

Potência e torque (apenas 20,5 mkgf a altos 4 mil rpm) são insuficientes para empurrar tanta massa. O carro é lento, e o fato do um tanto defasado câmbio automático de seis velocidades ficar segurando marchas para tentar melhorar a agilidade aumenta o nível de ruído e o consumo.

O carro “bebe” bem. Com etanol, na cidade, a versão com motor flexível faz 6,1 km/l, segundo o Inmetro. O Tiguan faz 6,8 km/l. Não é muito animador, e as paradas nos postos de combustível para reabastecimento são constantes.


Razões para comprar o Compass

Já no caso da versão a diesel, autonomia é o ponto alto. Dá para rodar uns 600 km sem parar no posto. Aliás, ter versão a diesel (preços a partir de R$ 156.990) é um mérito do Compass. Nenhum rival vendido no Brasil tem.

Essa versão, ainda por cima, anda bem. Apesar de o 2.0 a diesel ter só um pouquinho a mais de potência que o flexível (170 cv), o torque ultrapassa os 35 mkgf e é entregue em baixa rotação. Prato cheio para as excelentes retomadas de velocidade.

O Compass é também muito bem acabado. O visual interno passa certo aspecto rústico (que combina com o segmento) e traz muito plástico emborrachado, além de uso e abuso de couro.


O Jeep se garante também por entregar boa lista de itens de série desde a entrada, como bancos de couro, por exemplo. A central multimídia merece muitos elogios: tem tela grande e fácil de usar, e interage com smartphones por meio das plataformas Android Auto e Apple CarPlay.

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