Senhoras e senhores: a série “razões para comprar e não comprar” ganha nesta sexta-feira (5) um integrante de peso. Estamos falando do Volkswagen T-Cross.
Ele pode ser ótimo para um tipo de cliente e inadequado para outro. Abaixo, listamos as razões que podem levar você a comprar o T-Cross. E a não comprar.
Veja também: Os motores mais defasados dos carros do Brasil
1/6
2.0 RENAULT
O motor que equipa as versões mais caras de Duster, Oroch e Captur é um que já deveria ter sido aposentado faz tempo. O 2.0 aspirado rende até 148 cv. A falta de tecnologia para fazer desse motor mais econômico obrigou a Renault a realizar uma série de mudanças nesses modelos, como direção elétrica, pneus verdes e um novo sistema de alternador.
2/6
MOTOR 1.8 DA HONDA
A Honda já aposentou no Civic, mas mantém no HR-V o motor 1.8 de até 140 cv. Se ele já foi bom para equipar até mesmo o sedã da marca, está ficando cada vez mais cansado. Sem comando variável na admissão e exaustão, é confiável, mas entrega menos torque que os motores turbo menores. Tanto é que a Honda vai começar a oferecer o SUV com o motor 1.5 turbo, apenas na versão de topo, inicialmente, no segundo semestre.
3/6
MOTOR 2.4 DA FIAT-CHRYSLER
A Fiat trouxe por último para a picape Toro o motor 2.4 Tigershark para compor a gama de produtos, mas ele não atende plenamente, apesar de ter números maiores no papel. Seus até 186 cv e 24,9 mkgf chegam tarde e não conseguem fazer diferença brutal no comportamento em retomadas e acelerações perante a versão 1.8 - igualmente defasado.
4/6
2.7 FLEXÍVEL DA TOYOTA
Outro motor grande que precisa de melhorias ou dar adeus. O 2.7 flexível da Toyota gera até 163 cv e 25 mkgf, mas é lento, gastão e pouco dado a respostas rápidas, mesmo com duplo comando variável de válvulas. Pode ser confiável, mas não é nada eficiente
5/6
1.8 DA FIAT-CHRYSLER
A FCA (Fiat-Chrysler) fez uma série de melhorias ao motor 1.8, que antes trazia o sobrenome e.Torq, mas ainda ele está aquém do esperado, mesmo nos carros menores, como o Renegade, Argo e Cronos. Esse propulsor passou por uma série de melhorias no lançamento do Renegade, quando ele passou de 132 que rendia anteriormente para "incríveis" 139 cv. Tanto é que o "tempo já deu" que a Fiat já preparou dois novos motores, turbo, baseados na família Firefly (1.0 três cilindros e 1.3 quatro cilindros). Eles começam a chegar ao Brasil em 2020.
6/6
MOTOR 1.8 DA TOYOTA
Disponível apenas na versão de entrada do Corolla, a GLi, que já está saindo de linha, o motor 1.8 do Corolla é um bravo e resistente, que traz duplo comando de variável de válvulas, mas que vai perder espaço muito em breve. Tanto é que a marca japonesa optou apenas pelos menores e mais eficientes 1.3 e 1.5 do Etios também para o Yaris, apesar de ser maior. Com a chegada do novo Corolla, que será híbrido, sai de cena esse propulsor, ficando a cargo do 2.0 para as versões não híbridas do sedã médio
T-Cross: razões para comprar
Uma das principais razões para levar o T-Cross para casa é a linha de motores. Ele só tem versões turbo com injeção direta de combustível.
Há o 1.0 (até 128 cv) e o 1.4 (150 cv). Ambos têm alto torque em baixa rotação, o que privilegia acelerações e retomadas de velocidade. Bom para o dia a dia, em situações como cidades e subidas. Além disso, apresentam médias de consumo de até 14 km/l.
O T-Cross é também um destaque em sua categoria quando o assunto é segurança. Desde a versão de entrada, sai de fábrica com seis air bags. A partir da Comfortline (R$ 100 mil), traz sistema de frenagem pós-colisão.
Além disso, o SUV da Volkswagen levou nota máxima (cinco estrelas) nos testes de colisão feitos pelo Instituto LatinNCap. Isso tanto na proteção para adultos quanto para crianças.
Todas as versões do T-Cross saem de fábrica com central multimídia, com telas a partir de 6,5 polegadas. Já na opção de entrada (R$ 85 mil), por R$ 1.500 o cliente pode levar para casa um sistema mais moderno, com monitor de 8″, Android Auto, Apple CarPlay e MirrorLink.
De série ou opcionalmente, o SUV pode receber, a partir da versão Comfortline, central igual à do Jetta.
No segmento, apenas o T-Cross traz painel totalmente virtual e configurável, com tela de 10″. É opcional na versão mais cara, Highline (a partir de R$ 110 mil), a única com motor 1.4.
Vale destacar que o Volks tem freios a disco nas quatro rodas.
Razões para não comprar
Os preços do T-Cross não são baixos. Completo, ele pode chegar a R$ 125 mil. Nenhum dos concorrentes (Creta, HR-V, Kicks e EcoSport, entre outros) atinge esse valor.
O HR-V mais caro, por exemplo, sai por R$ 108.500. Apenas o Renegade tem versões mais caras que o T-Cross. No entanto, elas usam motor a diesel e versão 4×4, almejando outro tipo de público (diferente daquele que procura SUVs meramente urbanos).
O acabamento do T-Cross não tem boa qualidade. Especialmente nas versões 200 TSI (manual e automática), que não trazem revestimentos um pouco mais elaborados, como o plástico da cor da carroceria.
O plástico das portas e painéis são muito duras. Além disso, o visual geral é espartano, sem detalhes que agradem muito aos olhos.
O T-Cross também não é um SUV dos mais recomendados para quem quer um amplo porta-malas. A capacidade não é baoxa como a do Renegade, e supera a do EcoSport. Mas é inferior à do trio HR-V/Kicks/Creta.
O do VW tem 373 litros. Pode chegar a 420 litros com um sistema que deixa o banco de trás mais vertical, o que prejudica o conforto dos passageiros.
Veja também: Carros com consumo de combustível absurdo
1/16
Carros 'gastões'
Listamos 15 carros que exageram no consumo de combustível. Foram considerados apenas modelos que estão à venda zero-km no Brasil, e ficaram de fora os esportivos (afinal, eles não foram feitos para economizar). Descartamos também os com motor V8, pois a maioria costuma ter consumo acima da média. Os modelos relacionados apresentam médias mais altas do que a de seus concorrentes. Consideramos, para a lista, o gasto na cidade - no caso dos modelos flexíveis, com etanol. Os dados são do Inmetro.