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Chefe da Peugeot diz que carros esportivos tradicionais vão desaparecer
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Chefe da Peugeot diz que carros esportivos tradicionais vão desaparecer

Por questões ambientais e financeiras, esportivos do futuro terão que ser elétricos segundo o executivo Jean-Philippe Imparato

Redação

15 de abr, 2019 · 3 minutos de leitura.

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esportivos
Peugeot 308 GTI
Crédito:Crédito: Peugeot/Divulgação

A Peugeot tem uma linha com aspecto jovem e muitas versões esportivas. Mas isso não parece animar o chefão da marca, Jean-Philippe Imparato. Ele disse que “modelos esportivos tradicionais, como o 308 GTI, desaparecerão” devido às leis mais restritos de emissões.

“Pagar um extra de 10.000 euros em multas por emissões por veículo não é uma forma ética de conduzir a mudança para veículos mais limpos”, acrescentou. “Você pode ter um carro que seja divertido de dirigir. E que também respeite a transição de energia com a qual estamos lidando.” Em outras palavras, é quase certo que a próxima geração do 308 GTI vai ser só elétrica.

A Peugeot deu um passo inicial nessa direção com o 508 Peugeot Sport Engineered Concept. Ele é um PHEV capaz de atingir 100 km/h em 4,3 segundos e uma velocidade máxima limitada eletronicamente de 250 km / h. O conceito entrará em produção em breve.

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Esportivo e-legend subiu no telhado

O cupê esportivo e-Legend é outro veículo emocionante que pode entrar nesta lista. Alguns relatos afirmavam que a Peugeot poderia colocá-lo em produção se houvesse demanda suficiente. Mas o chefe da Peugeot não tem tanta certeza sobre isso.

“Obviamente, tivemos um ótimo feedback para o e-Legend. Assim que administrarmos os EV no próximo ano, decidiremos sim ou não, mas prefiro colocar nosso dinheiro na transição agora, em vez de no e-Legend, o que seria um investimento de cerca de 250 milhões de euros. Encontrar 20.000 clientes dispostos a pagar € 80.000 em um carro não é tão fácil”.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”