Primeira Classe

SUVs da Volkswagen fazem bonito em abril

T-Cross brilha na estreia; Tiguan tem seu melhor mês

Rafaela Borges

07 de mai, 2019 · 5 minutos de leitura.

T-Cross Tiguan SUVs da Volkswagen" >
T-Cross fez boa estreia
Crédito: Valéria Gonçalves/Estadão

Abril foi um mês incrível para os SUVs da Volkswagen. Especialmente para o Tiguan, mas também para o T-Cross, que teve uma estreia “lacradora”.

Sem ter um mês de concessionárias – chegou na primeira quinzena de abril -, o carro já conseguiu estrear na lista dos dez mais vendidos do segmento.

Considerando todos os SUVs, o T-Cross foi o décimo mais emplacado. Na lista dos compactos, foi o novo.

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Com isso, o T-Cross já começa sua carreira nas posições intermediárias do ranking. Com 1.859 emplacamentos, ele marcou um “empate técnico” com Tracker (1.865) e Captur (1.871).

Além disso, já começou deixando para trás o C4 Cactus, WR-V, 2008 e os Tiggo. A expectativa é de que, com um mês cheio de vendas, já tenha condições de deixar para trás o Duster, e de brigar com o EcoSport (2.716 emplacamentos de abril).

 


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Já no grupo dos líderes (Renegade, Creta, Kicks e HR-V) será mais difícil de entrar. Para isso, o T-Cross precisará fazer pelo menos 4 mil unidades em um mês.


É preciso considerar também que o T-Cross teve processo de pré-venda. As unidades comercializadas nesse período estão chegando agora às mãos do cliente. Será que ele vai manter o fôlego em seguida? Seu “irmão” Polo manteve.

 

Veja também: Os SUVs mais vendidos em abril de 2019


 

O brilho do Tiguan

A nova geração do Tiguan estreou bem no ano passado e, de cara, já foi para a vice-liderança dos SUVs médios. A liderança é do quase imbatível Compass, que somou 4.913 emplacamentos em abril – e, no universo geral do segmento, foi o segundo mais comercializado, atrás apenas do Renegade.

Em abril, o Tiguan teve seu melhor mês desde o lançamento da nova geração. Foram vendidos 1.324 unidades do carro.


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Com isso, ele deixa para trás o Hilux SW4, que é de outro segmento (utilitários derivados de picape), mas sempre vendeu melhor que o Tiguan. Além disso, começa a colocar uma vantagem considerável nos concorrentes diretos (além de vender mais que vários SUVs compactos, como WR-V e 2008).

Dos concorrentes diretos, o mais próximo ao vice-líder Compass é o ix35, que teve 473 unidades vendidas em abril. O Tucson, que aparece em seguida, somou 470 emplacamentos.


Ou seja: o Tiguan ainda tem ampla vantagem mesmo com a soma de vendas dos dois concorrentes fabricados pela Hyundai.

Próximos SUVs

O Tiguan marcou o início da ofensiva de SUVs da Volkswagen, que tomou fôlego este ano, com o T-Cross.

Até 2020, vêm ainda três novidades, todas feitas no Brasil ou na Argentina. Haverá o médio Tarek, posicionado entre o T-Cross e o Tiguan.


Já o T-Track ficará abaixo do T-Cross. Outra novidade será um crossover derivado do Polo – um conceito semelhante ao desempenhado pelo CrossFox.

 

Veja também: Os carros mais vendidos em abril

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”