Primeira Classe

O maior representante da paixão por carros

BMW Série 3 mantém sua essência desde a primeira geração. Mas evolui

Rafaela Borges

17 de mai, 2019 · 8 minutos de leitura.

BMW Série 3 2019" >
Novo BMW Série 3
Crédito: Rafaela Borges

Coloquei recentemente em meu perfil no Instagram uma imagem do Série 3 de nova geração. O modelo está à venda no Brasil, por enquanto, na versão 330i.

Na legenda, contei que, além de divertido de dirigir, o Série 3 é repleto de tecnologias, como o sistema semiautônomo de condução e um avançado sistema de assistência ao estacionamento. Um comentário chamou minha atenção.

Ele dizia mais ou menos assim: é difícil um carro com tanta automação ser ao mesmo tempo divertido. Discordo completamente.

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Um carro pode – e no caso de um modelo de luxo que custa R$ 270 mil, como o 330i M Sport, deve – ter automação e ao mesmo tempo ser divertido.

 

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No Série 3, assim como na maioria dos carros que contam com o sistema, a automação não é obrigatória. Ela está disponível para quando o motorista quiser utilizá-la.


E é um grande facilitador no dia a dia. Em vias como as marginais, em São Paulo, são capazes de relaxar o motorista, reduzindo a obrigação de atenção absoluta a todos os detalhes em uma situação de trânsito, por exemplo.

Isso porque, em determinadas condições – faixas bem demarcadas e nenhuma necessidade de conversões – a tecnologia faz tudo por você. Basta manter a mão no volante e um olho na pista.

Só que, quando o motorista quer dirigir, não há nada que o impeça. E a experiência é das mais incríveis. Nesta nova geração, o Série 3 mostra que continua sendo um dos maiores representantes – ou até o maior – da paixão pelo conceito tradicional de automóvel.


 

Veja também: Os carros de luxo mais vendidos em abril de 2019

 


Carro de entusiasta?

Nesta nova geração, o Série 3 manteve a essência que vem atraindo a afeição dos apaixonados por carros desde a primeira geração. A tração é traseira, solução sempre mais divertida que a dianteira.

O carro é grudado no chão. A posição de dirigir é levemente inclinada, como em cupês – embora o Série 3 seja sedã.

 


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As respostas de direção são extremamente precisas e o quadro de instrumentos (virtual no 330i M Sport) tem uma interação incrível com o campo de visão do motorista.


Sair do volante de um BMW Série 3 e assumir imediatamente depois o de um SUV é um verdadeira abismo quando o assunto é dirigibilidade. Por mais vocação de sedã de luxo que os utilitários-esportivos tenham hoje, não dá para comparar a diversão ao guiar um modelo desse tipo com a proporcionada pelo carro da BMW.

Com o Série 3, as sensações ficam mais à flor da pele. Não é a toa que, ao longo das gerações, ele sempre foi carro de entusiasta.

Por que o BMW Série 3?

É claro que poderíamos eleger para o título de representante da paixão por carros um modelo da Ferrari. Ou um Lamborghini, Porsche, Aston Martin…


A diferença é que o BMW Série 3 não é o carro de pista, nem aquele superesportivo com algumas limitações de uso. Ele é o carro do dia a dia do entusiasta.

Você pode usá-lo em qualquer situação e ter prazer de dirigir mesmo assim. Ele entrega conforto, espaço e, como já explicado acima, tecnologia. E ainda assim, é pura diversão.

 


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Uma coisa bastante interessante dessa geração é que o acabamento, que era alvo de críticas no modelo anterior, agora ficou muito bom. Bem mais condizente com um carro de luxo.

Vale ressaltar que não estamos dizendo que o BMW Série 3 é o melhor carro. O melhor depende do que cada consumidor deseja em um automóvel.

O que estamos dizendo é que, enquanto alguns ganham tração dianteira ou 4×4, ou recebem soluções estéticas e conceituais para agradar um público mais amplo, o sedã da BMW mantém sua essência desde a primeira geração. Ele não muda. Evolui. E há, claro, quem também não goste disso.


O novo 330i

A versão 330i é a única à venda no Brasil por enquanto. Além da versão M Sport, há a Sport, por R$ 220 mil e sem a maioria das tecnologias de automação.

A mecânica, no entanto, é a mesma. O motor 2.0 turbo entrega 258 cv e o câmbio é automático de oito velocidades.

Em julho, a BMW começará a montar o 330i no Brasil – em Araquari (SC). A chegada de mais versões posteriormente está confirmada, e o lançamento da de entrada, 320i, ainda não tem data definida.


 

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.