Primeira Classe

Carros que ‘bombam’ nas concessionárias

Civic é um dos destaques na preferência do consumidor comum

Rafaela Borges

08 de jun, 2019 · 4 minutos de leitura.

Honda Civic" >
Honda Civic
Crédito: Rafael Arbex/Estadão

O ranking tradicional de emplacamentos soma varejo e vendas diretas. Porém, quando se separam esses dois grupos, o panorama do mercado de carros é bem diferente. E modelos da Honda, especialmente o Civic, passam a ter muito mais relevância.

Quando o assunto é varejo, a Honda é a marca que mais sobressai entre as dez maiores do País. Essa modalidade inclui vendas com nota fiscal de concessionária, não de fábrica.

Ela traduz melhor o gosto do consumidor brasileiro, pois descarta vendas especiais. Essas podem ser feitas no atacado (para empresas e frotistas), ou a grupos como taxistas e pessoas com deficiência, por exemplo.

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Na maior parte dos casos, há grandes descontos, que acabam sendo determinante na escolha. O varejo não costuma ter essas condições especiais.

 

Veja também: Os carros mais vendidos em maio (atacado + varejo)


 

Civic em destaque

Entre os modelos da lista dos 50 mais vendidos do País, o menos dependente das vendas diretas em maio foi o Honda Civic. O sedã teve apenas 4,5% de seus 2954 emplacamentos provenientes dessa modalidade de negócio.

No varejo, o Civic somou 2.821 unidades vendidas, ou 95,5% do total. Além disso, quando se descarta a venda direta, a distância entre o Honda e o Corolla não é um abismo.


 

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Isso porque, no geral, o Toyota somou mais de 5 mil emplacamentos em maio. No varejo, foram 3.723, vantagem de apenas 902 unidades para o Civic.

Outro Honda de destaque no varejo é o HR-V. Dos SUVs compactos, ele é o menos dependente das vendas diretas, que representaram em maio 11,9% de seus emplacamentos.

No varejo, o HR-V vendeu 3.664 do total de seus 4.155 exemplares – ou seja, 88,1%.


Hatches compactos

Os hatches compactos são bastante dependentes das vendas diretas. São maioria, por exemplo, nas frotas de locadoras, e também boas opções para o público PCD.

Porém, alguns conseguem sobressair no varejo. É o caso do Yaris, que obteve 85,2% de seus 3.222 emplacamentos provenientes dessa modalidade.

 


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Kwid e HB20 também foram bem, com 77,4% e 77,1%, respectivamente.

Chamou a atenção o Polo e Virtus abaixo dos 70% (até pouco tempo, os dois costumavam se destacar bastante no varejo). Apenas 65,5% de seus emplacamentos foram provenientes de negócios fechados no varejo. No caso do sedã, o porcentual foi de menos de 50%.

As vendas para PCD ajudam a explicar esse fenômeno. Os dois modelos são bastante procurados por esse público.


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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.