Primeira Classe

Os SUVs que se deram mal. E bem

T-Cross entra na briga pelo 'top 3' dos SUVs compactos

Rafaela Borges

05 de set, 2019 · 6 minutos de leitura.

Volkswagen T-Cross" >
Volkswagen T-Cross
Crédito: Fotos: Valeria Gonçalvez/Estadão

Que mês interessante para os SUVs à venda no Brasil. Em agosto, houve uma leve embaralhada no ranking do segmento, com grandes destaques, como Creta e T-Cross. Houve também aqueles que se deram mal.

Nessa análise do segmento mais badalado do Brasil em agosto, vamos começar com a turma que não foi muito feliz, seja em posição no ranking ou em vendas.

 

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Desse grupo, foi o Kicks o maior derrotado do mês. O modelo da Nissan, que vem brigando com o Creta pela terceira posição no segmento – e pela segunda, considerando só os compactos -, foi apenas o sexto mais vendido no mês passado.


 

Quando se descarta o Compass, que é médio, e se considera só os compactos, o Kicks foi o quinto colocado. Trata-se da pior posição do modelo da Nissan neste ano.


Nissan Kicks

 

Outros dois que estão na lista dos modelos que se deram mal, mas com uma queda menos notável, são o Compass e o Duster.

O Compass foi o terceiro SUV mais vendido em agosto. Em 2019, vinha aparecendo sempre na segunda posição. Porém, em julho, havia sido o mais vendido.


Por isso, ante o mês anterior, o Compass perdeu duas posições no ranking em agosto. Já o Duster, que teve ótimo desempenho no mês de junho, e regularmente é o oitavo mais vendido da categoria, desta vez não passou da décima posição.

 

Veja também: Os carros mais vendidos em agosto de 2019


 

Creta e T-Cross

Se o Kicks não se destacou em agosto, a história foi bem diferente para Creta e T-Cross. O modelo da Hyundai, que vinha se destacando em todos os resultados parciais do mês passado, conseguiu uma proeza. Foi o SUV mais vendido.

Isso não apenas entre os compactos, mas considerando todo o segmento. O Creta somou nada menos do que 6.643 emplacamentos. Trata-se do melhor resultado de um SUV em 2019, em números absolutos.


 

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O outro SUV que tem razões de sobra para comemorar é o T-Cross. Ele obteve sua melhor posição do ano e, de uma vez, deixou HR-V e Kicks para trás.

Com 4.224 unidades vendidas, o T-Cross foi o quarto carro mais vendido da categoria. Considerando apenas os SUVs compactos, o T-Cross ficou com a terceira colocação, atrás apenas de Creta e Renegade (segundo tanto no geral quanto entre os pequenos).

T-Cross em destaque

O que aumenta o mérito do T-Cross é o fato de ele ter sido lançado neste ano. Seus primeiros meses foram ótimos. Quase de cara, já deixou para trás o EcoSport e se entrou na lista dos cinco mais vendidos.


 

 


Porém, almejar as posição de HR-V parecia um sonho um pouco mais distante. A do Kicks, então, era uma missão quase impossível para o T-Cross em 2019.

Pois, em agosto, ele surpreendeu, ao conseguir ganhar essas duas posições. A surpresa é ainda maior pelo fato de o T-Cross não ter versão específica para PCD.

Esse público vem sendo muito importante nas vendas de SUVs, e tem grande participação nos emplacamentos de Creta, Renegade e Kicks.


Do grupo dos cinco compactos mais vendidos, apenas T-Cross e HR-V não investem forte no público PCD.

Os 10 SUVs mais vendidos em agosto

Hyundai Creta – 6.643 unidades
2º Jeep Renegade – 5.188
3º Jeep Compass – 4.843
4º Volkswagen T-Cross – 4.224
5º Honda HR-V – 4.054
6º Nissan Kicks – 3.887
7º Ford EcoSport – 3.017
8º Renault Captur – 2.073
9º Chevrolet Tracker – 1.290
10º Renault Duster – 1.253

FONTE: FENABRAVE


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.