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Setembro foi o mês da reação dos sedãs
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Setembro foi o mês da reação dos sedãs

Mês concentrou o lançamento de quatro sedãs: Toyota Corolla, Chevrolet Onix Plus, Hyundai HB20S e Kia Cerato

Redação

24 de set, 2019 · 7 minutos de leitura.

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Toyota Corolla
O Toyota Corolla abriu a série de lançamentos de sedãs este mês
Crédito:Toyota/Divulgação

Poucas vezes um mesmo mês concentrou tantos lançamentos de sedãs. O segmento de SUVs ainda é (e continuará a ser) o queridinho do mercado, mas este mês as montadoras deixaram claro que os sedãs ainda têm muita importância.

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Setembro começou com um dos lançamentos mais aguardados do ano. Logo na primeira semana do mês, a Toyota lançou o Corolla, líder de vendas entre os modelos médios. O Corolla 2020 estreou sua 12ª geração. A plataforma GA-C é nova, e inclui até mesmo o primeiro híbrido flexível do mundo.

A expectativa da marca japonesa é vender cerca de 4.500 unidades do sedã por mês, entre as quais cerca de 1.000 híbridos. O Corolla recebeu um novo 2.0 flexível de até 177 cv. Com isso, ele passa a ser o sedã com motor aspirado mais potente da categoria. Além disso, esse propulsor passa a trabalhar pelo ciclo Atkinson (e não mais o Otto). Já o híbrido, disponível na versão mais cara, Altis, conjuga um 1.8 de até 101 cv e dois elétricos, que geram outros 77 cv.


Além da motorização, o Corolla recebeu também suspensão traseira independente, e uma plataforma que reduziu em 1 cm o centro de gravidade. Com isso, dirigibilidade e estabilidade também melhoraram.

Fechando o pacote, o visual foi inteiramente reformulado, e a garantia passou para cinco anos. Com tudo isso, o Corolla pode até continuar a ser carro de “tiozão”. Mas provavelmente será também do sobrinho, do pai, do primo…


Chevrolet Onix Plus chegou antes do hatch

Historicamente, hatchbacks costumam inaugurar uma família de veículos. Só depois da consolidação do hatch no mercado é que a marca lança seus derivados (sedã, SUV, picape, etc.).

Pois neste mês a Chevrolet subverteu a ordem. Ainda na primeira quinzena do mês, a marca lançou o novo Onix, mas privilegiou o sedã, que passa a se chamar Onix Plus. A montadora até mostrou o hatch (modelo mais vendido do Brasil), mas anunciou que o modelo será lançado apenas em novembro. Para setembro, a primazia ficou com o sedã.


+ Confira a avaliação do Onix Plus

O Onix Plus, mostrado inicialmente na China, tem visual bem mais moderno que o modelo anterior (Prisma). Um dos destaques são os novos motores 1.0 de três cilindros (turbo e aspirado). Eles finalmente aposentam o propulsor 1.0 de quatro cilindros.

O novo sedã cresceu. Em comprimento, o aumento foi de 19,4 cm. A distância entre eixos foi elevada em 7,2 cm. O resultado prático é o aumento do espaço interno, notadamente no banco de trás.


Afora o exterior elegante, o sedã ganhou interior reformulado, e traz muita segurança, graças aos seis air bags de série, sem contar os controles de tração e estabilidade, também de série.

Hyundai também lançou nova linha HB20

A Hyundai não perdeu tempo e mostrou no início da semana passada a nova linha HB20. A diferença é que a marca de origem sul-coreana não privilegiou o sedã, como a Chevrolet. A Hyundai lançou de uma vez o hatch (HB20), o sedã (HB20S) e o aventureiro (HB20X).

+ Acompanhe a avaliação do Hyundai HB20 


A chegada ao mercado, porém, será escalonada. O hatch está chegando ainda este mês. O sedã vem no mês que vem. E o aventureiro chega às lojas em novembro.

Como o Chevrolet, um dos destaques é o motor 1.0 turbo de três cilindros e injeção direta. A marca já tinha motor 1.0 turbo, mas não com injeção direta.


Kia Cerato é outro nome da lista do mês

O novo Cerato também faz parte dos sedãs lançados em setembro. O sedã médio mudou completamente, e está sendo apresentado hoje à imprensa. O visual foi modernizado, e o modelo abandonou o motor 1.6, que não era condizente com o porte do carro. O Cerato é importado do México, e recebeu um 2.0 flexível de até 167 cv. O câmbio automático tem seis marchas.

O sedã cresceu 8 cm no comprimento (para 4,64 m), enquanto a largura aumentou 2 cm (para 1,8 m). A distância entre eixos manteve-se nos 2,7 m. A Kia irá apostar na boa relação custo-benefício do modelo, que será vendido em duas versões: EX, por R$ 94.990, e SX, por R$ 104.990. Como comparação, o Corolla mais barato, GLi, custa R$ 99.990.


Para um mercado que aparentemente olha só para os SUVs, em setembro os sedãs fizeram uma revolução…

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”