Primeira Classe

‘Velozes e Furiosos’ é eleito o melhor filme sobre carros

Franquia estrelada por Vin Diesel e Paul Walker venceu enquete

Rafaela Borges

23 de dez, 2014 · 11 minutos de leitura.

'Velozes e Furiosos' é eleito o melhor filme sobre carros
Crédito: Franquia estrelada por Vin Diesel e Paul Walker venceu enquete

Lenda: o Dodge preparado pelo pai de Toretto era tão poderoso que empinava nas arrancadas (Fotos: Reprodução)

Era o auge da moda do tuning… Foi ali que tudo começou, no ano de 2001. “Velozes e Furiosos” levou ao cinema a prática de modificar carros fora da fábrica, além de mostrar o submundo das corridas ilegais de rua e dar início a uma parceria que levou seus integrantes ao estrelato: Brian O’Conner e Dominic Toretto, interpretados respectivamente por Paul Walker e Vin Diesel.

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A partir do primeiro filme, surgiram outros seis. E, graças à bem sucedida franquia, “Velozes e Furiosos” foi eleito o melhor filme sobre carros de todos os tempos. E olha que os concorrentes eram “pesos pesados”. A lista (confira aqui) trouxe desde clássicos como “Grand Prix”, “60 Segundos” e “Se Meu Fusca Falasse” até sucessos contemporâneos, a exemplo de “Rush – No Limite da Emoção”, e da animação “Carros”.

Mais um do Dodge do primeiro filme. Abaixo ‘Mais Velozes e Mais Furiosos’

Em “Velozes”, ao longo dos tempos manteve-se a fórmula de misturar carros ao mundo do crime, mas com um toque de honra e o investimento no tema de que a família escolhida pode ter ainda mais valor do que aquela em que se nasceu. No entanto, ao longo dos seis filmes, algumas coisas foram mudando e, principalmente por causa das cenas de ação, os filmes foram ficando mais e mais inverossímeis – embora sempre acompanhados de muito sucesso nas bilheterias.


No primeiro filme, Brian O’Conner é um policial que se infiltra no mundo das corridas ilegais de rua de Los Angeles a fim de investigar uma gangue que, com carros tunados, desafia a polícia em bem sucedidos roubos a cargas de caminhões.

‘Velozes 4’, Paul Walker e o Skyline GT-R. As duas imagens abaixo também são do quarto filme

Porém, O’Conner se envolve com o principal suspeito de chefiar a gangue, Toretto, com quem vai desenvolvendo laços de amizade. Além disso, se apaixona pela irmã de Toretto, Mia, interpretada por Jordana Brewster. O trio – bem como Michelle Rodriguez, a intérprete de Letty – namorada de Toretto, faz parte da fórmula de sucesso da franquia.

Talvez por isso a sequência, “Mais Velozes e Mais Furiosos”, não tenha sido assim tão envolvente. Ambientada em Miami, para onde se mudou O’Conner após ser suspenso da polícia por causa dos acontecimentos do primeiro filme, mais uma vez o filme coloca o personagem infiltrado em uma organização criminosa. Neste longa, não estão Diesel, Jordana e Michelle, mas Walker ganha companhia de Eva Mendes, que interpreta a policial também infiltrada Monica Fuentes, e de Tyresse, que surge como um novo parceiro, Roman Pearce.


O terceiro filme, “Deafio em Tóquio”, não contou com O’Conner e Diesel e, por pouco, não determinou o fim da franquia. Foi lançado em 2006, três anos após “Mais Velozes e Mais Furiosos”.

Em 2009, a série voltou a ser sucesso estrondoso de bilheteria, com o retorno do elenco do primeiro filme e de Los Angeles como cenário. O’Conner, após cumprir sua missão no segundo filme, está de volta à polícia em “Velozes e Furiosos 4”. Já Toretto retorna à cidade californiana após o suposto assassinato de Letty.


No decorrer da trama, Toretto e O’Conner participam de corridas ilegais e muitas perseguições para, no fim, estabelecerem um definitivo e inquebrável laço de amizade. Neste filme, fica mais evidente um dos pontos altos da parceria: a incapacidade do personagem de Walker de derrotar o de Diesel em uma competição entre seus veículos.

O’Conner, que desde o primeiro filme é fã dos esportivos japoneses, como o Nissan Skyline GT-R, chega perto diversas vezes, mas acaba fracassando por exigir demais de seu veículo, ou por ser vítima de trapaças por parte de Toretto, que por sua vez confia mais nos clássicos americanos, como os muscle cars da Dodge (saiba mais sobre os carros de ‘Velozes e Furiosos’).


‘Operação Rio’

No quinto filme, “Operação Rio” , de 2011, O’Conner deixou de vez a polícia e caiu na clandestinidade por ter ajudado na alucinante fuga de Toretto enquanto ele era transportado por um ônibus penitenciário. O cenário, desta vez, é o Rio de Janeiro, onde ele e a namorada Mia reencontram Toretto e planejam o golpe de suas vidas: o roubo de US$ 10 milhões do mais temido traficante da cidade, Hernan Reys (o português Joaquim de Almeida).

Para o golpe, O’Conner e Toretto recrutam seus companheiros dos filmes anteriores, como Roman Pearce, do segundo longa, e Gisele Yachar (Gal Gadot), do quarto, formando aquela que fica conhecida como a equipe de Toretto. Paralelamente, eles são caçados pelo agente do FBI Luke Hobbs (Dwayne Johnson), que conta com a ajuda da policial brasileira Elena Neves (Elsa Pataky).


Agora milionários e curtindo a vida ao redor do mundo, os integrantes da equipe voltam a se reunir para ajudar Hobbs na missão de capturar a perigosa gangue liderada por Owen Shaw (Luke Evans) em Londres. Toretto topa participar da missão ao ser informado de que Letty, dada como morta desde o quarto filme, agora faz parte da gangue inglesa. Este é o tema de “Velozes e Furiosos 6”.

O desfecho do filme se dá com uma longa cena de ação, cujas sequências beiram o absurdo, envolvendo carros, jipes e até um avião. Vencedora, a equipe ganha o direito, arquitetado por Hobbs junto ao FBI, de retornar a Los Angeles. E Toretto ganha Letty, que havia perdido a memória, de volta.

O sétimo filme estava previsto para 2014, mas a morte de Paul Walker, em um acidente de carro em novembro do ano passado, atrasou o cronograma. “Velozes e Furiosos 7” será o último filme de seu personagem, O’Conner, e como Walker havia filmado apenas 30% das cenas do longa, muitas de suas aparições foram inseridas digitalmente.


‘Velozes 6’ tem Londres como cenário principal

Ainda não se sabe – e provavelmente este mantido até a estreia de “Velozes e Furiosos 7”, em abril de 2015 – que destino será dado ao personagem. Talvez ele morra em ação ou, ao lado de Mia, decida de aposentar da errante vida bandida.

Na trama, a equipe será alvo do plano de vingança do irmão de Owen Shawn, Ian (Jason Statham).

Hoje, a franquia continua investindo na ação, mas o tuning já não domina o enredo. Os carrões continuam em ação, mas pouco se mostra cenas e detalhes de suas modificações, algo comum no primeiro ano.


Agora, “Velozes”  é muito mais um filme de ação do que um sobre carros. Há uma valorização dos personagens de Diesel e Walker como heróis, ou anti-heróis, e das tramas nas quais eles se envolvem. Os carros continuam sendo seus instrumentos de trabalho e não param de desfilar pelas telas, mas perderam um pouco de valor.

 

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”