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Salão de Los Angeles é oficialmente adiado para maio de 2021
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Salão de Los Angeles é oficialmente adiado para maio de 2021

Evento que apresentou em 2019 Ford Mustang Mach-E e o novo Nissan Sentra é mais um afetado pela pandemia de coronavírus

Emily Nery, special para o Estado

03 de set, 2020 · 4 minutos de leitura.

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salão de los angeles
SALÃO DE LOS ANGELES SAIU DA PAUTA PARA 2020
Crédito:Lucy Nicholson/REUTERS

Um dos salões do automóvel que mais se consolidou nos últimos anos por trazer lançamentos e protótipos de marcas europeias e estadunidenses, foi postergado para 2021. O Salão de Los Angeles (LAAS), que ocorreria entre os dias 20 e 29 de novembro, foi adiado para maio, do dia 21 a 31, devido a pandemia de coronavírus. Com isso, os Estados Unidos sediarão 3 eventos automotivos em meses consecutivos. Salão de Nova Iorque será em abril, Los Angeles em maio e Detroit em junho.



Esse não é o único Salão do automóvel que precisou ser adiado por conta da pandemia. O Salão de Paris e de Genebra foram oficialmente cancelados, assim como o de Detroit e Nova Iorque. O único que se mantém programado para 2020 é o Salão de Pequim, marcado para 26 de setembro a 5 de outubro. Vale lembrar que sua data oficial é em abril, e ele já havia sido postergado.

Há uma expectativa, claro, se haverá novidades para comportar todos os eventos juntos no próximo ano ou se serão apenas repetições em diferentes partes do mundo. Lembrando que mundialmente, já existe uma tendência de queda substancial no número de visitantes em Salões de Automóvel.

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Custos elevados são outro problema dos salões

Além disso, soma-se o elevado preço pago pelas fabricantes para exposição. Segundo reportagem do Detroit Bureau, gasta-se em média US$ 1 milhão, cerca de R$ 5 mi, por um estande. Já por espaços maiores, os preços podem superar US$ 5 milhões, cerca de R$ 25 milhões.

É cada vez mais comum que os novos modelos sejam apresentados em eventos separados. Algumas marcas, como a Volvo já estavam abordando este tipo de ação antes da pandemia. Segundo alguns executivos, fora do Salão não há disputa de visibilidade ou exposição do produto ou marca com outros veículos.


Neste ano, em especial, grande parte dos lançamentos, tornou-se online. O que, convenhamos, é muita mais econômico para as montadoras. Antes mesmo da pandemia de coronavírus, o Salão de São Paulo, que deveria ocorrer nesse ano, foi cancelado após desistência unânime das marcas.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”